Política

Bolsonaro confirma saída do PSL e criação de partido batizado de 'Aliança pelo Brasil'

José Cruz/Agência Brasil
Advogado de Bolsonaro e ex-ministro do TSE será o responsável pela criação da legenda  |   Bnews - Divulgação José Cruz/Agência Brasil

Publicado em 12/11/2019, às 17h45   Marcio Smith


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O presidente Jair Bolsonaro (ainda no PSL) anunciou em reunião com os deputados aliados, nesta terça-feira (13), que deixará o partido com o qual está em crise e a criação de um novo partido que será chamado de Aliança pelo Brasil.

No curto prazo, o presidente deve ficar sem partido, enquanto é realizado o processo da criação da nova sigla. Segundo aliados, a decisão pela saída já estava tomada desde meados de outubro e o presidente estava apenas esperando o "momento favorável".

Em conversa com o BNews, o deputado federal Bibo Nunes (PSL) passou um panaroma do encontro. " A reunião foi um sucesso, lançado o partido Aliança pelo Brasil, os filiados se chamarão os aliados, os aliados pelo Brasil. O doutor Admar Gonzaga, ex-ministro do Supremo Tribunal Eleitoral (TSE) e advogado do presidente, será o responsável pela criação do partido. O presidente recomendou que não ataque o PSL, visto que, a maioria lá, continuará apoiando o presidente".

Aliados do presidente estimam que a nova sigla atingirá um total próximo de 60 deputados, 28 oriundos do PSL e 32 oriundos dos demais partidos da Casa. Caso a expectativa bolsonarista se confirme, o novo partido seria o mais numeroso na quantidade de deputados.

Desfiliação de aliados

A ala bolsonarista, encabeçada por Bibo Nunes, lança campanha por desfiliação do PSL. O intuito dos parlamentares é de esvaziar a sigla e diminuir o poderio do presidente do partido, Luciano Bivar.

A campanha é pela desfiliação de aliados que não tenham mandato. A intenção dos deputados ligados a Bolsonaro é esvaziar o partido, isolar os parlamentares bivaristas e buscar assinaturas para o novo partido do presidente. "Estamos iniciando a campanha 'DESFILIE-SE DO PSL'. Para assinar  o apoio ao novo partido de Bolsonaro não pode estar filiado a partido algum", afirmou Nunes.

Mesmo que a campanha de desfiliação tenha sucesso, não surtirá efeitos sobre o caixa do PSL, já que o  partido deve receber um valor próxima a R$ 300 milhões, em 2020, somando o valor do fundo eleitoral e do fundo partidário. Os deputados bolsonaristas buscam a desfiliação de uma forma que não percam o mandato, possam levar o tempo de televisão e recursos do fundo partidário, para isso, trabalham os advogados ligados aos bolsonarista.

Desde a filiação de Bolsonaro ao PSL, em março do ano passado, a sigla foi a que mais cresceu, proporcionalmente, no país em número de filiados. O partido saltou de 227 mil integrantes para 354 mil, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), crescimento de 55% em menos de um ano e meio.

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