Política

Adolfo Menezes desabafa sobre acordo na AL-BA: "Política é onde existe muita traição"

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Deputado estadual comenta rumores sobre reeleição de Nelson Leal  |   Bnews - Divulgação BNews/Vagner Souza

Publicado em 27/11/2019, às 19h04   Henrique Brinco


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O deputado estadual Adolfo Menezes (PSD) reafirmou ao BNews que acredita na manutenção do acordo para que assuma a presidência da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) em 2021. Nos bastidores, no entanto, são fortes os rumores de que o atual presidente, Nelson Leal (PP), juntamente com o vice-governador, João Leão (PP), estaria articulando a volta da reeleição na Casa.

Questionado sobre o assunto pela reportagem, o parlamentar baiano relembra que o arranjo foi selado com o governador Rui Costa (PT). "Acredito que, quando um acordo é feito com o homem [Rui], será mantido. É claro vocês da imprensa e a Bahia toda tomou conhecimento, não foi um acordo com o deputado Adolfo Menezes, foi um acordo com o governador Rui Costa", avalia.

O pessedista lembra ainda que o acordo foi feito após reunião "no Palácio de Ondina, num dia de domingo". "Os quatro pré-candidatos: eu, deputado Nelson Leal (PP), Rosemberg Pinto (PT) - líder do partido que teria mais legitimidade para ser o candidato -, e Alex Lima pelo PSD. E lá, depois de algumas conversas com o governador, ficou selado este acordo que contemplava o PP na pessoa do meu colega e vizinho Nelson Leal. Até porque, o presidente na época, era do nosso partido [Coronel]". 

"Rosemberg iria para a liderança e Alex Lima para a vice-presidência. E em janeiro de 2021, seria o meu nome. É claro que a gente vê, fico triste por um lado, mas já estou acostumado, porque estou há muito tempo na política, que é onde existe muita traição. A Assembleia é composta por diversos tipos de personalidades, de caráter... Então, é a Casa dos iguais, que são diferentes. Então, cada um olha a vida de um lado. Uns não prezam a palavra, coisa que é a única coisa que eu tenho. Mas faz parte. Sou tranquilo", relembra.

Adolfo, no entanto, diz que não acredita que a quebra do acordo seja encabeçada por Nelson Leal - contrariando o que se comenta nos bastidores. "É claro que não vejo esse movimento partindo do presidente. Acredito que deve-se a alguns deputados, já que alguns tem suas preferências. Mas acredito no acordo".

Menezes lembra que a eleição da Assembleia já impacta em 2022, "porque quem estiver assumindo a presidência da Assembleia está na linha de frente de assumir o governo caso haja uma necessidade". "Acredito que o acordo será mantido. Não acredito que o presidente Nelson Leal faria isso. Mas, o zum-zum-zum existe desde o ano passado".

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