Política

Assessor de Bia Kicis nega piada com Marielle diz que esquerda quer "sambar no cadáver" da vereadora

Reprodução/Redes Sociais
Ao BNews, ele disse que o seu posicionamento reflete a opinião dos divergem de quem vê a vereadora dassassinada por milicanos em 2018, como uma "heroína" de "grandes feitos".   |   Bnews - Divulgação Reprodução/Redes Sociais

Publicado em 18/01/2020, às 14h50   Luiz Felipe Fernandez


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Evandro de Araújo Paulo, assessor da deputada federal Bia Kicis (PSL), negou que tenha feito piada e e extrapolado a sua liberdade de expressão ao publicar uma camisa com a seguinte estampa: "Marielle vive, enchendo o saco (sic)". Em conversa com o BNews, ele diz que o seu posicionamento reflete a opinião daqueles que divergem dos que vêem a vereadora do PSOL assassinada por milicanos em 2018, como uma "heroína" de "grandes feitos".

Segundo Evandro, que não havia respondido à imprensa até o momento, os principais apoiadores de Marielle Franco, que virou símbolo de muitos movimentos políticos, não se interessam em, de fato, "saber quem matou Marielle". Para ele, este é um anseio exclusivo da família da vereadora, enquanto outros só "querem sambar no cadáver" da psolista em busca de "ganhos políticos".

"Não foi uma piada, não foi uma ofesa [...] Tratam como se ela fosse uma heroína, como se tivesse grandes feitos, não estão interessados em saber quem mandou matar Marielle, só a família. Os outros querem apenas lucrar politicamente, sambar no cadáver dela e ter ganhos políticos", disse Evandro sobre Marielle, que atuava em defesa dos Direitos Humanos na Câmara Municipal do Rio de Janeiro.

A publicação foi feita no dia 31 de dezembro e tirada dentro do gabinete de Bia Kicis, deputada da ala bolsonarista do PSL. No entanto, de acordo com a revista Época, o post foi bloqueado pelo Facebook pelo "conteúdo cruel ou insensivo".

À Revista Época, a deputada Bia Kicis respondeu que não tinha conhecimento da publicação e, assim que soube, "repreendeu" o assessor por não permitir que sejam tiradas fotos para uso pessoal "dentro do ambiente de trabalho".

Ao BNews, Evandro garantiu que a situação não prejudicou em nada a sua relação com a chefe e salientou a sua "profunda admiração por minha deputada". Contudo, disse ter sido repreendido por ela após a publicação.

Evandro enviou à reportagem um post feito por ele em 2018, logo após a morte de Marielle Franco. Na ocasião, ele defendeu que "bala não escolhe ideologia" e confessou que leu comentários "absurdos" em relação ao assassinato da vereadora. O assessor ressaltou o "respeito à dor do próximo", mas afirmou que "mais triste ainda" era o uso políico feito pelo PSOL sobre o caso.

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