Política

Janaína Paschoal questiona "modus operandi" de Glenn Greenwald e jornalista ironiza: "Chocante"

Edilson Rodrigues/Agência Senado
A parlamentar alega que, desde o início das publicações em junho do ano passado, achou "muito estranho a publicação gradual do conteúdo  |   Bnews - Divulgação Edilson Rodrigues/Agência Senado

Publicado em 22/01/2020, às 15h45   Luiz Felipe Fernandez


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A deputada federal Janaína Paschoal (PSL-SP) postou nesta quarta-feira (21) uma série de tuítes em que tece críticas ao "modus operandi" do jornalista Glenn Greenwald, na apuração e publicação do conjunto de reportagens que ficou conhecido como Vaza Jato.

A parlamentar alega que, desde o início das publicações em junho do ano passado, ela achou "muito estranho" a postura do The Intercept Brasil, de publicar as matérias gradativamente. "Se havia um material, ele deveria ser logo noticiado", alega.

Ao ler a denúncia do Ministério Público Federal (MPF) contra Glenn, que ignorou a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Janaína disse ter atentado ao contado dos hackers com o jornalista, que teriam pedido instrução sobre "como proceder" com o material itnerceptado. O MPF diz que o jornalista americano, co-fundador do The Intercept Brasil, teria agido em conluio para auxiliar e orientar os integrantes da organização criminosa.

Segundo Janaína, advogada autora do pedido de Impeachment da Dilma Rousseff (PT), o "diálogo" evidencia que o jornalista "sabia que o procedimento ético" exigia a publicação imediata do conteúdo. 

"Na linguagem técnico-jurídica, essa consciência sugere dolo na atuação. Ficou bastante claro que o jornalista sabia que as ações ilícitas estavam em curso e ficou bem claro que ele sabia que estava agindo de maneira inadequada", argumenta a deputada, que acusa Glenn de "criar um cenário" para dar a entender que havia recebido todo o material "de uma única vez".

Mesmo sem culpar "A ou B", a deputada do PSL disse acreditar ser "perigoso" que jornalistas defendam "um comportamento" que, segundo ela, "não pode ser caracterizado como jornalismo". Por fim, reconhece que determinadas profissões, pelo papel exercido na Democracia, "tem prerrogativas e garantias". 

No entanto, apesar da proteção, ela defende que deve-se separar bem os "comportamentos éticos" com os que são "no mínimo, questionáveis". 

Não demorou para que Glenn respondesse aos tuítes de Janaína Paschoal. Ele ironizou a listar duas "surpresas grandes". Primeiro, brinca ao dizer que a deputada é "evidentemente perito" em jornalismo. 

Ele afirma que a posição de Janaína é "completamente diferente" dos principais editores no "mundo democrático".Em seguida, dispara:"Bolsonaristas querem ver jornalistas presos. Chocante".

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