Política

Reforma previdenciária da classe é "pura perversidade", diz líder do sindicato de agentes penitenciários

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Categoria aderiu à paralisação, mas mantém contingente de pelo menos 30% do efetivo nas unidades prisionais e delegacias  |   Bnews - Divulgação BNews

Publicado em 28/01/2020, às 15h15   Juliana Nobre e Luiz Felipe Fernandez


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Diretor do Sindicato dos Servidores de Presidio do Estado da Bahia (SINSPEB), Manoel Marcelo, afirmou que a mudança nas regras da aposentadoria da classe, proposta na PEC 159 que foi encaminhada à Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), é "pura perversidade".

Ele reforçou que toda a categoria aderiu à paralisação, mas que tem sido respeitado o efetivo mínimo de 30% dos servidores nas unidades prisionais e delegacias.

O representante do sindicato apelou para o "bom senso" do governador Rui Costa (PT) e pediu que a proposta seja revista e dialogada com a sociedade. Em conversa como BNews, durante ato realizado em frente à Alba nesta terça-feira (28), ele lembrou que Rui encaminhou a proposta às vésperas do fim de ano, e que o governo tem o prazo de dois anos - assim como foi feito no Maranhão por Flávio Dino - para que seja feito um "debate profundo" acerca do tema.

Entre os pontos defendidos por Marcelo está o retorno da aposentadoria integral para a classe, garantindo os reajustes do governo para os inativos, além da pensão por morte e abono por permanência.

"O que estamos propondo é que o governo retire, porquê é pura perversidade contra a carreira policial [...] A integralidade que é o direito dpo policial indo pra reserva, ter o último salário integral, como garantia na aposentadoria, além da manutenção da pensão por morte, pra que nossas viuvas, nossos filhos, sejam amparados [...] Reforçamos o bom senso do governador para que seja tratado com carinho, até porque o governo tem dois anos para tá fazendo esse debate", explica.

Apesar da paralisação dos agentes prisionais e da Polícia Civil, Marcelo garantiu que a categoria atende à determinação da lei, de manter 30% do efetivo em seus postos de trabalho. Segundo ele, o contingente mantido é, inclusive, maior do que esta porcentagem, já que seria impossível dar segurança à algumas unidades, que sofrem com a falta de profissionais no local.

"Estamos mantendo nas unidades prisionais e delegacias um percentual muito maior, porque o efetivo que existe hoje nas delegacias e comundiade prisional, se for cumprir ao pé da risca os 30%, não teríamos mais do que 2, 3 policiais em cada conjunto. Por questão de bom senso da nossa parte, de sensibilizar o governador, mantemos às vezes até mais de 50% trabalhando, porque o efetivo é muito reduzido no dia a dia", salienta.

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