Política

"Será que os Bolsonaros estão tristes pela perda do amigo?", ironiza Haddad sobre morte de miliciano

Adenilson Nunes/Arquivo BNews
Morto nesta manhã, Adriano Magalhães da Nóbrega é citado em investigação sobre “rachadinha” no gabinete de Flávio Bolsonaro na Alerj  |   Bnews - Divulgação Adenilson Nunes/Arquivo BNews

Publicado em 09/02/2020, às 12h29   Redação BNews


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O candidato à presidência da República pelo PT em 2018, Fernando Haddad, usou seu perfil no Twitter neste domingo (9) para ironizar a morte de Adriano Magalhães da Nóbrega, foragido que era investigado por suposto envolvimento na morte da vereadora carioca Marielle Franco (PSOL), e associá-lo ao clã Bolsonaro.

O ex-capitão da PM é citado na investigação que apura a prática de “rachadinha” no gabinete do senador Flávio Bolsonaro, filho do presidente Jair Bolsonaro, quando ele atuava como deputado estadual na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).

"Será que os Bolsonaros estão tristes pela perda do amigo?", questionou Haddad em uma publicação. Nesta manhã, mais cedo, o ex-prefeito da capital paulista compartilhou a notícia da morte de Nóbrega com a legenda "Pedra Cantada".

De acordo com informações da assessoria de imprensa da Secretaria da Segurança Pública da Bahia (SSP-BA), o ex-policial - que já foi capitão do Bope - estava escondido na cidade baiana de Esplanada e morreu em confronto com a polícia neste domingo (9). 

Histórico

Segundo o Ministério Público, contas bancárias controladas por Adriano foram usadas para abastecer Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro. Queiroz é suspeito de atuar como operador do esquema de "rachadinha" que supostamente acontecia no gabinete do filho do Bolsonaro.

Queiroz, inclusive, é amigo do presidente da República. Chama-se "rachadinha" prática pela qual parlamentares federais, estaduais ou municipais se apropriam indevidamente de parte dos salários de funcionários que nomeiam para seus gabinetes.

A relação entre o ex-policial e Flávio não fica restrita a estas suspeitas. Nóbrega teve duas parentes nomeadas no antigo gabinete do atual senador. Mensagens interceptadas a partir de autorização judicial mostram que ele chegou a discutir a exoneração da mulher, Danielle da Nóbrega, do cargo.

O ex-PM também foi defendido pelo presidente - quando este ainda era deputado em 2005 - durante discurso na Câmara dos Deputados. Na ocasião, ele foi condenado por um homicídio. Enquanto estava preso preventivamente pelo crime, Nóbrega chegou a ser condecorado por Flávio com a Medalha Tiradentes - honraria destinada a pessoas que prestaram relevantes serviços ao Estado do Rio de Janeiro.

O ex-capitão foi absolvido das alegações depois em novo julgamento.

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