Política

Oposição volta a falar em "cheque em branco" e cobra transparência em empréstimos pedidos por Rui Costa

Roberto Viana/ BNews
Requerimento de urgência aprovado nesta terça-feira (18) desobriga discussão da matéria nas comissões temáticas da AL-BA  |   Bnews - Divulgação Roberto Viana/ BNews

Publicado em 18/02/2020, às 22h31   Eliezer Santos


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A nova operação de crédito que o governador Rui Costa (PT) quer realizar com o Banco do Brasil, no valor de R$ 250 milhões, será autorizada pela Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) sem discussões nas comissões temáticas da Casa. Na sessão desta terça-feira (18), os governistas deram quórum e aprovaram o requerimento que dá urgência à tramitação do pedido. Além da bancada de oposição, o deputado Hilton Coelho (PSOL) também apresentou voto contrário.

"Acho mais uma vez um absurdo, mas é a forma que o governo do estado vem tratando aqui a Assembleia e o Estado da Bahia [...] Quando ele manda mais um empréstimo, e já somam bilhões de reais no governo Rui Costa, sem dizer onde a destinação, onde serão aplicados esses recursos, ele desmerece essa Casa e a Bahia", protestou Alan Sanches (DEM).

"Mais uma vez, quero registrar que essa Casa está dando um cheque em branco", discursou o deputado Sandro Régis (DEM), que coordenou a atuação dos oposicionistas no plenário. O requerimento seria votado semana passada, mas uma estratégia colocada pela minoria conseguiu obstruir a sessão. 

Sanches afirmou que o pensamento do governador é de usar a vantagem numérica da sua bancada de deputados para "passar o rolo compressor" nas votações de interesse do Executivo. "Votamos contra, não tínhamos número para derrubar. Hoje, eles fizeram um esforço sobrehumano para trazer essa quantidade de deputados na semana do Carnaval, conseguiram aprovar, mas com nosso voto contra. Eu vou continuar querendo saber aonde será aplicado, quero transparência na aplicação dos recursos", acrescentou.

O líder governista Rosemberg Pinto (PT) contestou os reclames da oposição. "O detalhamento está no projeto, é para investimento na área de infraestrutura, estradas, isso está no projeto [...] Ninguém empresta o dinheiro para gastar no que você quer. É lei e obrigação o Estado apresentar [a razão do empréstimo]", replicou o petista, acrescentando que a gestão estadual ainda definirá quais serão os investimentos. "O plano de atividade é algo posterior", defendeu.

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