Política

Prefeito de Feira de Santana é acusado de fechar contratos milionários com empresa de saúde em troca de favores políticos

Divulgação/ Assessoria
A prefeitura firmou um novo contrato e realizou aditivo de outros dois que mantêm com a Associação de Proteção a Maternidade e a Infância de Mutuípe  |   Bnews - Divulgação Divulgação/ Assessoria

Publicado em 02/04/2020, às 23h19   Márcia Guimarães


FacebookTwitterWhatsApp

O vereador de Feira de Santana Roberto Tourinho (PSB) está acusando o prefeito Colbert Martins (MDB) de utilizar contratos milionários com empresas médicas para uso político. Ele denuncia que os “valores estratosféricos” pagos pela gestão municipal, via cooperativas, são distribuídos para lideranças políticas, candidatos a vereadores que foram derrotados nas eleições e cabos eleitorais com o objetivo de torná-los aliados.

A prefeitura firmou um novo contrato e realizou aditivo de outros dois que mantêm com a Associação de Proteção a Maternidade e a Infância de Mutuípe, para serviços na área de saúde no município que somam mais de R$ 45 milhões. 

“A nossa preocupação é porque ainda está na memória do povo de Feira de Santana o que aconteceu no dia 18 de dezembro de 2019, quando dez pessoas foram presas em uma operação envolvendo a prefeitura de Feira e a Coofsaúde. Foi apurado que essa cooperativa desviou R$ 100 milhões do município entre 2009 e 2018. Agora, estamos vendo novos contratos milionários entre a prefeitura de Feira e a Associação de Mutuípe para a contratação de médicos e enfermeiros para prestarem serviços à Secretaria Municipal de Saúde e à Fundação Hospitalar”, lembrou Tourinho.

Ele aponta que há pessoas cujos nomes estão na lista de contratados, mas nunca trabalharam nenhum dia para a prefeitura. O vereador também colocou no hall de envolvidos o ex-prefeito José Ronaldo, que teria participado do esquema quando estava na gestão municipal.

Tourinho foi autor do pedido de uma CPI, na Câmara de Vereadores de Feira de Santana, para apurar os contratos da prefeitura com cooperativas de saúde, mas não conseguiu os votos necessários para a abertura. “É uma relação promíscua que utiliza o dinheiro público”, finaliza.

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp