Política

ACM Neto alerta ministro da Saúde, que vive crise com Bolsonaro: “Tem que se manter firme”

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Líder nacional do DEM saiu em defesa do ex-deputado pelo partido e pede critério técnico para lidar com surto do coronavírus  |   Bnews - Divulgação Vagner Souza/ BNews

Publicado em 03/04/2020, às 14h15   Luiz Felipe Fernandez


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O prefeito ACM Neto mandou um recado para o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, que tem vivido um embate nos últimos dias com o presidente Jair Bolsonaro, por se posicionarem de forma diferente em relação ao enfrentamento da Covid-19.

Líder nacional do DEM, o prefeito pediu ao ex-deputado pelo partido que se mantenha “firme” na pasta, e afirmou que é Mandetta quem tem adotado o “tom da precaução”, necessário ao momento de crise do coronavírus. 

“O meu recado, sugestão para o ministro Mandetta, é que tem que se manter firme no Governo Federal, no ministério da Saúde. Ele tem dado o tom da precaução, mostrado a gravidade do problema mesmo quando pressionado pelo presidente da República, ele não permitiu que a pressão política falasse mais alto que a decisão técnica”, defendeu Neto, durante entrevista ao Balanço Geral, da Record TV Itapoan, na tarde desta sexta-feira (3).

Mandetta tem sido o principal alvo da insatisfação de Bolsonaro, principalmente pela defesa do isolamento social para evitar o contágio em massa da população. Apesar de mudar constantemente o teor do seu discurso, ora a favor de medidas restritivas, ora contra, presidente da República tem focado nas consequências econômicas do fechamento de comércios, por exemplo.

Nesta quinta-feira (2), em entrevista à Radio Jovem Pan, além de anunciar que vai convocar um dia de jejum pelo coronavírus, afirmou que caso seja necessário, vai resolver “na caneta” a volta à normalidade, para evitar o desemprego. Segundo o presidente, já existe um decreto pronto para uma situação emergencial, aguardando apenas a sua assinatura.

De acordo com a coluna Painel, da Folha de S. Paulo, Mandetta teria comentado com aliados que gostaria de deixar o cargo, mas que não iria pedir demissão. Enquanto isso, o presidente Jair Bolsonaro teria dito que falta “humildade” para o ministro, que tem assumido o protagonismo desde o início da crise da Covid-19 no país.

Neto reiterou que, na sua gestão, prioriza o trabalho “técnico” de profissionais capacitados de cada área, para poder decidir pelo município. Ele assegurou que todos os decretos assinados por ele tem o aval de um grupo de “técnicos e profissionais da saúde”.

“Quando a gente baixa um decreto, não é da minha cabeça. Tenho um grupo de técnicos e profissionais da saúde, agora com o apoio da Fiocruz […] todo esse pessoal está aqui trabalhando para me ajudar a tomar decisão, até agora foram decisões técnicas, científicas, sabem o problema na sua face real. Se o Brasil perdesse agora o ministro Mandetta, seria muito ruim. A linha correta é a do ministro e eu estou com ele”, ressaltou.

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