Política

Delegado da PF antecipou a Flávio Bolsonaro que Queiroz seria alvo de operação, afirma suplente do senador

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O empresário, e suplente do filho do presidente, Paulo Marinho fez a acusação durante entrevista publicada no jornal Folha de São Paulo   |   Bnews - Divulgação Reprodução/Redes Sociais

Publicado em 17/05/2020, às 07h59   Redação BNews


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O empresário, e suplente do senador Flávio Bolsonaro, Paulo Marinho afirma que o filho do presidente Jair Bolsonaro soube previamente que a Polícia Federal deflagraria a Operação Furna da Onça, que teve como alvo o ex-servidor de seu gabinete na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (ALERJ), Fabrício Queiroz.

Em entrevista concedida à colunista Monica Bergamo, e publicada na edição deste domingo (17) do jornal Folha de São Paulo, Marinho conta que um delegado da PF que era apoiador da candidatura de Jair Bolsonaro em 2018 avisou o então deputado estadual sobre a existência de uma ação marcada para acontecer entre o primeiro e o segundo turnos das eleições.

Além disso, a PF teria segurado a operação, então sigilosa, para que ela não ocorresse no meio do segundo turno, prejudicando assim a campanha de Bolsonaro. O delegado também teria aconselhado o filho do presidente a demitir Queiroz e a filha dele, Nathalia, que trabalhava no gabinete de Bolsonaro quando o presidente ainda era deputado federal, em Brasília. 

“O delegado saiu de dentro da superintendência. Na calçada — eu estou contando o que eles me relataram—, o delegado falou: ‘Vai ser deflagrada a Operação Furna da Onça, que vai atingir em cheio a Assembleia Legislativa do Rio. E essa operação vai alcançar algumas pessoas do gabinete do Flávio. Uma delas é o Queiroz e a outra é a filha do Queiroz, que trabalha no gabinete do Jair Bolsonaro em Brasília’”, relatou. 

Os dois foram exonerados no dia 15 de outubro de 2018. Marinho -  pré-candidato a prefeito do Rio de Janeiro pelo PSDB - considera que estas conversas podem "explicar" o suposto interesse de Bolsonaro em interferi na Superintendência da PF no Rio de Janeiro. O ex-ministro da Justiça, Sergio Moro desembarcou do governo no final de abril acusando o presidente de inerência no órgão, e há um inquérito aberto pelo Supremo Tribunal Federal (STF), em andamento, para apurar a alegação.

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