Celular de Bolsonaro pode ser alvo de perícia

Três notícias-crimes apresentadas por partidos e parlamentares sobre a suposta interferência do presidente Jair Bolsonaro na Polícia Federal foram enviadas pelo ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal, à Procuradoria Geral da República, nesta quinta-feira (21). Os pedidos requerem novos desdobramentos na investigação. Entre as medidas solicitadas estão o depoimento do presidente, e a busca e apreensão do celular dele e de seu filho, Carlos Bolsonaro, para perícia.

O ministro ressaltou ser dever jurídico do Estado promover a apuração da "autoria e da materialidade dos fatos delituosos narrados 'por qualquer pessoa do povo'". Esses requerimentos chegaram ao STF logo após o ex-ministro da Justiça Sergio Moro deixar o governo afirmando que o presidente tentou interferir na PF e que Bolsonaro buscou informações de investigações em andamento na Corte.

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O movimento de Celso de Mello é praxe entre ministros porque cabe à PGR uma manifestação - o órgão é responsável por propor investigação do presidente perante o STF. Não há prazo para que o procurador-geral da República, Augusto Aras, decida sobre os pedidos.