Política

Mensagens de Bolsonaro e Moro mostram que presidente compartilhou 'fake news' com acusações a Rui, Otto, Coronel e Fábio Vilas-Boas

Mateus Pereira/GOVBA/ Divulgação
Novas mensagens colhidas pela Polícia Federal foram divulgadas neste sábado (23) pelo Estadão  |   Bnews - Divulgação Mateus Pereira/GOVBA/ Divulgação

Publicado em 24/05/2020, às 09h19   Léo Sousa


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Novas mensagens entre Jair Bolsonaro (sem partido) e o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, colhidas pela Polícia Federal e divulgadas neste sábado (23) pelo Estadão, mostram que o presidente da República compartilhou acusações sobre o governador da Bahia, Rui Costa (PT), os senadores baianos Otto Alencar (PSD) e Ângelo Coronel (PSD) e o secretário de Saúde do Estado da Bahia, Fábio Vilas-Boas.

As insinuações são referentes à reativação do Hospital Espanhol, em Salvador, para o combate à pandemia do novo coronavírus no estado.

A notícia compartilhada pelo presidente acusa o governador da Bahia de ter "entregue gratuitamente e sem licitação" a adiministração do Hospital Espanhol ao INTS (Instituto Nacional de Tecnologia da Saúde), empresa, segundo a mensagem encaminhada por Bolsonaro a Sergio Moro, supostamente pertencente ao filho do senador Otto Alencar, o deputado federal Otto Alencar Filho (PSD-BA).

O senador da República já havia se posicionado sobre o texto, que circulou nas redes sociais. Ele negou que o instituto pertença à sua família. "A nota anônima 'fake news' e criminosa será devidamente investigada através de abertura de inquérito e processo nas esferas civil e criminal da justiça", afirmou a defesa dos Alencar.

A mensagem compartilhada por Bolsonaro com o então ministro da Justiça diz ainda que as refeições servidas no hospital de campanha seriam fornecidas por um preço seis vezes mais caro que o normal pelo senador Ângelo Coronel.

Mensagem encaminhada por Bolsonaro a Sergio Moro

Com o nome errado, o texto menciona também o secretário de Saúde Fábio Vilas-Boas. "Uma médica amiga participou de uma reunião na Sesab (secretaria de saúde do Estado da Bahia) sobre a implementação dos leitos de diálise e o secretário Fábio Dantas disse a ela, com toda a arrogância, 'dinheiro não é problema, nós temos 230 milhões para gastar com o covid! Vamos gastar!", diz a mensagem.

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