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Rui Costa diz que Forças Armadas "não se deixarão encantar por qualquer discurso aventureiro"

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Governador defendeu manutenção das instituições brasileiras na CNN Brasil  |   Bnews - Divulgação Reprodução/TV

Publicado em 30/05/2020, às 17h43   Henrique Brinco


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O governador Rui Costa (PT) voltou a defender a manutenção das instituições brasileiras, incluindo as Forças Armadas, ao comentar a operação da Polícia Federal contra o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel. Um dia antes da operação, a deputada federal Carla Zambelli concedeu uma entrevista em uma rádio supostamente antecipando operações do tipo contra governadores, o que levantou suspeitas sobre vazamentos vindos de dentro da corporação.

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Questionado pela CNN Brasil se tem "medo" de ser alvo de alguma investigação semelhante, Rui se posicionou. "Entendo que em qualquer país do mundo, as instituições têm que ser fortes e independentes. Não existe democracia sem uma Justiça forte, sem o MP forte e sem uma polícia jurídica forte. Ao mesmo tempo em que elas têm que ser fortes, a sua força vêm da independência dos governos. Todos os governos são passageiros. As instituições são permanentes e seculares", disse, em entrevista neste sábado (30).

O baiano afirmou que acredita nas instituições brasileiras. "E aí eu incluo as Forças Armadas, que não se deixarão encantar por qualquer discurso aventureiro ou com a prática miliciana de coagir, constranger e ameaçar as pessoas para conseguir o seu objetivo. Como a milícia faz na favela do Rio? Ameaça a população se não comprar o gás nas mãos deles, a casa que eles construíram", continuou.

"Se tenta trazer para a vida institucional e republicana as mesmas práticas da milícia. Isso é extremamente condenável. Do mesmo jeito que nós defendemos absoluta transparência nas contas públicas", completou.

Na última semana, o deputado federal Eduardo Bolsonaro falou sobre uma possível "ruptura institucional" logo após a operação da Polícia Federal contra as redes de fake news bolsonaristas. A fala causou ampla repercussão e foi repudiada por políticos de diversos espectros partidários. O ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal, encaminhou uma queixa-crime contra o filho do presidente ao Procurador-Geral da República por suposta prática de delito contra a Segurança Nacional.

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