Política

“Não é razão para demitir”, diz presidente da Câmara de Feira sobre procurador acusado de assédio

Divulgação/Câmara Municipal de Feira de Santana
Ainda durante a entrevista, José Carneiro Rocha justificou o ato do procurador como “fraqueza humana”   |   Bnews - Divulgação Divulgação/Câmara Municipal de Feira de Santana

Publicado em 19/06/2020, às 12h56   Redação BNews


FacebookTwitterWhatsApp

O presidente da Câmara de Feira de Santana, vereador José Carneiro Rocha (DEM), saiu em defesa do procurador Icaro Ivvin, que está sendo acusado de assédio sexual por uma servidora da Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedeso). Segundo o vereador, caso tenha sido consensual, “não é razão para demitir".

Durante entrevista ao Jornal das Duas, nesta sexta-feira (19), apresentado pelo radialista Paulo José, o chefe do legislativo municipal disse que as denúncias se referem ao período em que Ivvin atuava como secretário interino da pasta e que o afastamento só pode acontecer após o fim do inquérito policial. 

“Pedir afastamento no meu ponto de vista, agora, seria punir duas vezes. Era secretário e foi afastado pra dar liberdade a comissão de sindicância apurar os fatos, por que afastá-lo da procuradoria?”, questionou o vereador. 

O radialista ressaltou que o próprio procurador confirmou ter feito sexo com a servidora, mas segundo o presidente da Câmara, caso tenha sido consensual, não "é razão para demitir".

“Eu acho que se o doutor Ícaro forçou essa senhora ou senhorita, não sei, a praticar sexo com ele é ato condenável e deve perfeitamente ser punido, agora se houve consenso eu acho que é preciso repudiar o ato, mas no meu ponto de vista não é razão para demitir, no meu ponto de vista. Respeito a opinião de qualquer um, mas o meu é esse”, disse.  

Ainda durante a entrevista, José Carneiro Rocha justificou o ato do procurador como “fraqueza humana”. "Eu particularmente não demitiria, claro que não vou aprovar a utilização de um espaço público para ato sexual, mas o ser humano é fraco e ninguém é perfeito e ninguém é paladino da moralidade, as coisas erram e alguém pode perfeitamente ser humilde para reconhecer o erro e nós temos o dever de as vezes perdoar e entender que a fraqueza humana as vezes acontece”, afirmou.  

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp