Política

Voto vencido no PT em 2018, Wagner volta a defender frente ampla pela democracia

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Senador participou de live ao lado de Ciro Gomes  |   Bnews - Divulgação BNews/Arquivo

Publicado em 21/06/2020, às 17h02   Henrique Brinco


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O senador Jaques Wagner (PT) voltou a encabeçar entre os petistas a defesa por uma frente ampla pela democracia para combater o bolsonarismo nas próximas eleições. A decisão reafirma um pensamento que o parlamentar baiano tem desde 2018, quando chegou a defender internamente que abrir mão da cabeça de chapa e aliar-se ao PDT de Ciro Gomes era a melhor estratégia para combater Jair  Bolsonaro e vencer a eleição daquele ano. Na época, as pesquisas mostravam um alto índice de rejeição ao PT, o que poderia explicar em tese uma parcela dos votos recebidos pelo então candidato do PSL.

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No último sábado (20), Wagner fez questão de externar esse pensamento ao participar de uma live ao lado de Ciro com o tema "Os caminhos para construir um país justo, democrático e soberano". O encontro também contou com a presença de caciques de outros partidos de esquerda, como Marcelo Freixo (PSOL), Márcio França (PSB) e Perpétua Almeida (PCdoB).

Já neste domingo, o petista foi ao Twitter para explicar mais sobre o que tem em mente. "Defendo uma frente humanista, progressista, da sustentabilidade ambiental e social. O que for preciso juntar para garantir a liberdade democrática, a liberdade de expressão, a liberdade de ir e vir e a nossa diversidade, estarei junto", escreveu.

Jaques Wagner, no entanto, pondera que todos os partidos terão o direito de apresentar candidaturas no primeiro turno da eleição presidencial de 2022 - o que pode ser um indicativo de que o PT não vai abrir mão novamente de apresentar um candidato próprio.

"Em defesa da democracia e da vida nós não temos limite. Vamos nos abraçar com os que queiram defender a vida e a democracia. Agora quando chegar o período eleitoral cada um terá o direito de apresentar sua candidatura e construir sua trajetória. No 2º turno a gente se encontra", explicou.

Ciro Gomes obteve 12,47% no primeiro turno do último pleito, ficando em terceiro lugar e gabaritanto-se como o principal nome da chamada "terceira via" no país. O ex-ministro, no entanto, se recusou a apoiar o candidato do PT, Fernando Haddad, no segundo turno.

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