Política
Publicado em 26/06/2020, às 13h17 Redação BNews
Nas últimas semanas, o presidente Jair Bolsonaro deu atenção aos conselhos da ala militar que integra o seu governo. Com o mandato ameaçado por escândalos como a prisão de Queiroz e a ação que pede cassação da sua chapa com Mourão, ele seguiu a recomendação de diminuir o tom das críticas ao Supremo Tribunal Federal e ao Congresso Nacional.
Em live transmitida na última quinta-feira, em que homenageou as vítimas de Covid-19 no país, o discurso adotado foi completamente diferente do habitual, quando já se referiu à doença como uma "gripezinha" ou disse que todos morreriam um dia do mesmo jeito.
Sem pensar duas vezes, contrariou a ala ideológica e demitiu Abraham Weintraub, investigado em três inquéritos do STF. O substituto, Carlos Albeto Decotelli, é uma indicação dos militares.
O padrinho de Decotelli é o Alimirante Rocha, considerado um dos braços-direito de Bolsonaro no Planalto e responsável por despaches na Secretaria de Assuntos Estratégicos, de acordo com informações da colunista Andreia Sadi, do G1.
Questão que incomodava o alto clero das Forças Armadas, o general Luiz Eduardo Ramos, ministro da Secretaria-Geral, pode finalmente ir para a reserva. A presença de militares da ativa com cargo no governo é uma das principais queixas dos principais comandantes do Exército.
Resta sabe se este movimento de Bolsonaro será perene, ou passará assim que a poeira da prisão de Queiroz e envolvimento de Frederick Wassef, baixar.
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