Política

Prefeito de Santo Amaro diz que Caetano Veloso não tem "legitimidade" após músico criticar instalação de fábrica na cidade

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Em vídeo publicado no final da noite deste sábado (25), o artista pediu que os parlamentares pensem nos problemas já enfrentados por Santo Amaro  |   Bnews - Divulgação Divulgação

Publicado em 26/07/2020, às 19h55   Pedro Vilas Boas


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Para o prefeito de Santo Amaro, Flaviano Bonfim (PP), a 71 km de Salvador, as críticas do músico Caetano Veloso à intenção de instalar uma fábrica de produtos químicos voltados para os setores automotivo e da construção civil tem interesses políticos.

"Caetano não tem legitimidade nenhuma pra falar de política da cidade. [...] Usou a vida toda o nome de Santo Amarao, não tem moral pra falar de nada. Não teve coragem de fazer uma campanha pra ajudar a cidade de Santo Amaro", disse, em entrevista ao BNews neste domingo (26).

Rodrigo Velloso, irmão do músico, atuou durante oito anos como secretário municipal de Cultura.

Em vídeo publicado no final da noite deste sábado (25), o artista pediu que os parlamentares pensem nos problemas já enfrentados por Santo Amaro, principalmente aqueles deixados pela Plumbum, uma fábrica que produzia lingotes de chumbo e que deixou poluídos o solo e a água do Rio Subaé.

“Eu peço aos vereadores de Santo Amaro que se lembrem que a Câmara Municipal é pioneira na história da independência do Brasil. Pensem profundamente nos problemas que Santo Amaro já vem enfrentando há muitos anos por causa de questões ambientais causadas por aquela fábrica de chumbo instalada naquela parte de cima, depois do Bonfim”.

A Câmara Municipal vota nesta segunda-feira (27), pela manhã, o projeto que pode implantar a fábrica na cidade.

Terreno

O imbróglio envolve o terreno da antiga fundição Tarzan. Em nota enviada à reportagem, a prefeitura afirma que a gestão vigente na época, em 2012, determinou a obrigatoriedade de construção do campus do Centro de Cultura, Linguagens e Tecnologias Aplicadas, da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), no espaço até 2016. "Logo, desde 2017, o local, legalmente, já havia voltado ao município, não havendo, até o presente momento, solicitação por parte da Universidade de revalidação da doação do terreno. Nesse contexto, a estrutura foi destinada a outro viés de desenvolvimento local, voltada para a geração de empregos e renda ao município, através de instalação de uma fábrica", diz a nota.

O prefeito de Santo Amaro afirma que não há a intenção de retirar o atual terreno onde a UFRB está localizada, que, inclusive, teria sido doado pela própria gestão em 2017, onde funcionava a Escola Municipal Pedro Lago. Portanto, a universidade só não poderia mais utilizar o primeiro terreno, que, segundo o Flaviano, encontra-se abandonado.

A reportagem entrou em contato com a assessoria de comunicação da UFRB, mas, até a publicação desta matéria não obteve uma resposta.

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