Política

PDT e PL são tidos como cartas fora do baralho no governo Rui; aliados tentam povoar espaços das siglas

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Bnews - Divulgação Arquivo BNews

Publicado em 07/09/2020, às 16h41   Victor Pinto


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Espaços ocupados, até então, por indicados do PL e do PDT no governo Rui Costa (PT) já são alvos da cobiça de outros aliados e cardeais de partidos que possuem interesse em aderir à coalização petista. Ambos partidos se dedicam no processo de migração de adesão à campanha do vice-prefeito de Salvador, Bruno Reis (DEM), na disputa pela prefeitura da capital baiana e, consequentemente, formarem a nova base do ainda prefeito ACM Neto (DEM).

Para boa parte daqueles que orbitam o governador, PDT e PL já não possuem mais créditos suficientes que mantenham sua permanência na base de Rui. “Ou é lá ou é cá”, disse uma fonte que preferiu anonimato. 

O pré-candidato a prefeito e deputado federal Bacelar, por exemplo, pelo apurado, tem pleiteado o comando da secretaria da Agricultura (Seagri), hoje com os pedetistas. O partido tem a indicação de Maurício Bacelar na Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab) e quer ampliar o espaço para avançar em possíveis negociações de costuras de apoio em uma das três possíveis chapas governistas na disputa pelo Palácio Thomé de Souza. 

Na cota do PL está a secretaria de Turismo, embora a legenda não tenha indicado Fausto Franco, e a chefia da Companhia de Processamento de Dados do Estado da Bahia (Prodeb), a cargo de Samuel Araújo - filho do presidente do PL, o ex-deputado José Carlos Araújo. O PDT tem o comando da secretaria da Agricultura, com Lucas Costa, e a Junta Comercial do Estado da Bahia (Juceb) com a chefia da ex-vereadora Andrea Mendonça - irmã do presidente PDT e deputado federal Felix Mendonça Júnior. 

A chancela do PL partiu de Brasília, após articulação direta feita pelo vice-prefeito soteropolitano com os caciques da legenda. O PDT, no entanto, partiu de uma conversa mais aprofundada do prefeito e presidente nacional do DEM, ACM Neto, com o presidenciável Ciro Gomes e o presidente nacional da sigla, Carlos Lupi. 

O sinal dessa aproximação democrata pedetista ocorreu, principalmente, quando o deputado estadual licenciado e secretário da Saúde de Salvador, Léo Prates, ingressou na legenda e também a ex-secretário da Promoção Social e Combate à Pobreza, Ana Paula Matos. 

O PDT, inclusive, pleiteia a vice de Bruno. Lupi, em conversa com este BNews, anunciou que no próximo dia 10 estará na capital e vai indicar o nome para a composição da chapa. 

A última vez que o PDT acendeu a vela para os dois santos ocorreu na era do então governador Jaques Wagner (PT). Ocupavam espaço nas duas esferas, mas isso acabou quando Rui Costa foi eleito em 2014. 

A chegada do PDT e PL era tudo aquilo que ACM Neto queria ter proporcionado em 2018, mas não conseguiu. Esse foi um dos fatores decisivos para o prefeito não ter renunciado ao cargo e ter saído candidato a governador, fato que muda o cenário de 2022, quando já surge como nome natural do grupo da oposição no Estado.

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