Política

Wagner ironiza: "Slogan do Brasil passará de 'Brasil acima de tudo' para 'USA over all'"

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Para o baiano, há indícios de que a política externa brasileira tenha como foco atender os interesses dos EUA  |   Bnews - Divulgação Arquivo/BNews

Publicado em 24/09/2020, às 16h17   Redação BNews


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O senador Jaques Wagner (PT-BA) cobrou explicações do ministro de Relações Exteriores sobre a visita do secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, ao estado de Roraima, na última semana. Ele ironizou e disse que, a depender de como continuará sendo conduzida a política externa, o slogan do Brasil passará de “Brasil acima de tudo” para “USA over all”.

Para o baiano, há indícios de que a política externa brasileira tenha como foco atender os interesses dos EUA. Ele também questionou Ernesto Araújo sobre a isenção de tarifas para importação do etanol americano, que prejudica produtores brasileiros. 

“Eu tenho repulsa à tentativa de uma nação de ser tutora da democracia internacional. O ministro tenta nos convencer de que a visita de Pompeo, por incrível que pareça, apenas em países fronteiriços à Venezuela, não tem a ver com as eleições venezuelanas marcadas para dezembro e com as eleições americanas. Se o governo está tão preocupado com o narcotráfico na Venezuela, deveria se preocupar com o narcotráfico dentro do Brasil, que vitimiza tanta gente, inclusive a vereadora Marielle. Até hoje esse crime cometido pelas milícias não foi esclarecido”, cobrou. 

Wagner aproveitou, ainda, para questionar o ministro sobre quais benefícios o atual governo trouxe para o País, principalmente em relação à política externa. “Somos motivo de chacota da imprensa internacional. Por conta das bravatas ditas por alguns do governo, investidores internacionais estão deixando o Brasil”, alfinetou.

“Eu gostaria de saber do ministro, que diz que trata tão bem dos nossos interesses, qual a explicação para sangrar a indústria alcooleira brasileira, inclusive a do Nordeste, e para oferecer 150 milhões de litros graciosos, por menos de 20% de taxa de importação para os EUA como reciprocidade à restrição ao aço brasileiro. Há muita gente empregada aqui que, na verdade, depende desse emprego”, completou. 

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