Política

Na Bahia, decisão do PR reflete em negociações

Imagem Na Bahia, decisão do PR reflete em negociações
No entanto, a conjuntura muda pouco. O partido já está na oposição   |   Bnews - Divulgação

Publicado em 15/03/2012, às 13h49   Luiz Fernando Lima



Nas discussões nacionais o PR manteve o acordo firmado com os petistas desde o governo Luiz Inácio Lula da Silva. Nesta última quarta-feira (14) rompeu a aliança e as principais lideranças do partido declararam: “estamos na oposição”. Os mais arrojados disseram ainda que o PR vai se manter no outro pólo até que o governo reconheça a importância da legenda e devolva o que lhe é de direito – ministério dos Transportes.

As condições que determinam as costuras nacionais não refletiram na Bahia. Por aqui, os Republicanos permanecem na oposição. Houve, à principio, uma tentativa do deputado federal Mauricio Trindade de aproximar o PR com o governo Jaques Wagner. O argumento acaba de ir por terra. Trindade se apegava à aliança nacional para costurar o alinhamento estadual e municipal.

Os deputados estaduais da sigla – Elmar Nascimento, Sandro Régis, Graça Pimenta e Reinaldo Braga – comemoram o rompimento nacional. Ao mesmo, deveriam já que estão no campo da oposição e sempre que questionados sobre a ida para o governo rechaçavam a ideia. Os parlamentares quando questionados sobre a movimentação de Trindade na direção do grupo governista,  declaravam que o presidente do partido, César Borges é quem fala pelo partido.

As negociações entre os representantes do governo com os do PR, na Bahia, deve esfriar ainda mais com  o rompimento nacional. A situação ainda é agravada pela declaração atribuída a Jaques Wagner pelo jornalista Gerson Camarotti, de O Globo. Segundo ele, o governador afirmou que vetou o nome de Borges para o ministério dos Transportes. A informação foi publicada na coluna Tempo Presente do Jornal A Tarde desta quinta-feira (15).

No Senado o governo perde sete votos, na Assembleia da Bahia, nenhum, já que não tinha os votos. No entanto, a conjuntura pode atrapalhar os planos do pré-candidato à prefeitura de Salvador pelo PT, Nelson Pelegrino. O deputado federal em entrevista ao Bocão News durante o carnaval afirmou que o PR era um partido em disputa, que os mais diversos grupos políticos do estado e município estavam negociando o apoio dos Republicanos.

O presidente estadual do PT, Jonas Paulo, reconhecia a dificuldade de trazer a legenda para a aliança estadual, mas considerava a conversa com o diretório de Salvador avançadas com boas perspectivas de fechamento. Agora, muda tudo. A conjuntura é outra e a conversa também.

Matéria originalmente postada no dia 15/03/2012 às 09h18

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