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O encontro do PT de Feira de Santana foi adiando para o próximo sábado (16). O evento, que acontece no espaço JR Eventos às 14h, vai homologar a candidatura do líder da bancada governista na Assembleia Legislativa, deputado estadual José Neto, à sucessão municipal. A expectativa é que no dia 29 seja feita a convenção para oficializar as chapa majoritária e a proporcional.
Antes desta data, Zé Neto tenta aumentar o arco de aliança e evitar que os partidos já apalavrados deixem a base de sustentação de sua candidatura. O PP, liderado por Eliana Boaventura, já bateu o martelo publicamente e “está com o petista para o der e vier”. Nos bastidores a informação que corre é de que Eliana será a vice na chapa, mas o assunto ainda é tratado extraoficialmente.
O PSB também fechou questão. Tanto é que desde o ano passado um dos principais puxadores de votos, o vereador Roberto Tourinho, deixou a legenda para se abrigar no PV. Na oportunidade, o legislador declarou que iria apoiar José Ronaldo e como no partido não havia condições de negociar uma aproximação com o candidato do Democratas, preferiu seguir outro caminho.
O PCdoB, aliado histórico, também está neste rol de legendas parceiras. Contudo, na última semana o prefeito Tarcízio Pimenta (PDT) fez uma investida para atrair os comunistas feirenses para os seu lado. De acordo com o apurado pela reportagem do
Bocão News, o ex-vereador Messias Gonzaga foi convidado para integrar a majoritária com o atual prefeito. Não houve definição sobre o caso.
Sobre a possibilidade dos comunistas apoiarem o atual prefeito, o petista mantém o discurso que seu partido vem propagando. “Vivemos um momento da política baiana que é democrático. Em uma democracia todo mundo pode conversar com todo mundo. Diferente de como era num passado recente”, alfineta.
Questionado sobre a composição de Colbert Martins (PMDB) com José Ronaldo (DEM), Neto reconhece a expressividade da aliança, mas não acredita que ela seja decisiva. “O importante é o projeto que cada candidatura representa. Penso que a espinha dorsal dessa campanha vai ficar em torno dos projetos. Aquele que representa o passado e o nosso que está alinhado com o de Lula, Dilma e Wagner”.
O parlamentar tem outra missão. Os prognósticos do próprio partido o colocam em uma situação desconfortável. As pesquisas apontam um cenário no qual ele não consegue superar uma marca percentual pequena nas intenções de votos e por outro lado encontra grande resistência para diminuir os índices de rejeição. Há uma preocupação velada da Executiva estadual diante da possibilidade de sofrer uma derrota acachapante.
Para Zé Neto, as pesquisas neste momento refletem pouco e não podem ser decisivas para nada. “Eu conheço esse filme. A turma do DEM acha que vai ganhar no primeiro turno, mas não é assim. Neste momento a grande parte da população ainda não definiu em quem vai votar. As vitórias de Lula em 2002 e de Wagner em 2006 também mostram que o resultado após a apuração dos votos pode ser bem diferente daquele que aparece no papel”.
Fotos: Gilberto Júnior e Roberto Viana // Bocão News
Originalmente publicada no dia 08 de junho de 2012, às17h18
