Política

Vereadora questiona desapropriações do Projeto Linha Viva

Imagem Vereadora questiona desapropriações do Projeto Linha Viva
Aladilce Souza acredita que proposta ainda não foi suficientemente debatida  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 25/09/2012, às 19h05   Marivaldo Filho (Twitter: @marivaldofilho)


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A implantação do Projeto Linha Viva foi discutida durante encontro, nesta terça-feira (25), no auditório do Edifício Bahia Center, anexo da Câmara Municipal de Salvador. Propositora do encontro, a vereadora Aladilce Souza (PCdoB), no papel de presidente da Comissão de Direitos do Cidadão, defendeu a ampliação dos debates com a sociedade civil organizada antes da construção da via.

O projeto propõe a construção de uma via paralela à Avenida Luiz Viana Filho (Paralela) com aproximadamente 17 km de extensão. A prefeitura de Salvador desapropriou uma área de mais de 4 milhões de metros quadrados, através do Decreto nº 20.735/2012, e, de acordo com a vereadora Aladilce Souza, “sem apresentar estudo prévio, nem tampouco realizar consulta ao Conselho da Cidade”.

A presidente do colegiado revelou que o encontro desta terça-feira também serviu como preparação para a audiência pública que será realizada, por iniciativa da prefeitura de Salvador, nesta quarta-feira, às 14h, na Biblioteca Pública dos Barris, também para discutir a implantação do Projeto Linha Viva.

“Estamos recolhendo sugestões sobre a proposta. Não existem informações oficiais sobre o projeto. É uma situação obscura e, por isso, fizemos uma série de questionamentos ao Ministério Público da Bahia. Queremos saber quem será beneficiado com a desapropriação e como ela será paga, considerando que não há previsão orçamentária para tal”, afirmou Aladilce Souza.

O arquiteto e urbanista Carl Von Hausenchild, representando o Movimento Vozes de Salvador, fez uma breve explanação sobre a proposta para a construção da via e recomendou a apresentação oficial de um projeto por parte da prefeitura.

“Juridicamente, para apresentar uma PPP (parceria público-privada) realmente não é necessário que se apresente um projeto-base. Mas, moralmente e urbanisticamente, para um bom planejamento, seria necessário que esse projeto fosse devidamente divulgado”, declarou Von Hausenchild. “Se essa via fosse usada para transporte coletivo seria muito bom para a cidade, mas como parece ser para transporte individual, ainda pedagiado, vai se tornar um problema para Salvador”, opinou o urbanista.

Também marcaram presença na reunião o ex-presidente do Instituto dos Arquitetos da Bahia, Daniel Molina, além de representantes dos moradores da região em que a prefeitura pretende construir a via, e o advogado Bruno Ferreira, representando os moradores do Alphaville 2.

Mastéria originalmente publicada às 14h05 do dia 25/09.


Foto: Rodrigo Soares

Classificação Indicativa: Livre

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