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Secretário de Saúde do município quer expandir atendimento da Saúde

Imagem Secretário de Saúde do município quer expandir atendimento da Saúde
José Antônio Rodrigues vai relacionar privado e público para atender os usuários  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 21/01/2013, às 11h56   Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)


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À frente da secretaria de Saúde do município de Salvador, José Antônio Rodrigues, ex-secretário estadual no governo de Paulo Souto e ex-provedor da Santa Casa de Misericórdia da Bahia, tem um grande desafio: ampliar o atendimento da saúde para a população. Avaliando a situação de maneira geral, ele sistematiza os principais impasses para a concretização positiva desse desafio. “Salvador tem uma rede básica pouco hierarquizada, mal distribuída e é muito pobre, porque temos uma cobertura muito baixa no que diz respeito às atividades básicas de saúde (clínica geral, pediatria, ginecologia, odontologia e vacinação). No Programa de Saúde da Família (PSF), temos uma cobertura em torno de 12% a 13%, e, se dobrássemos esta cobertura, ainda seria baixa”, pontua.

O secretário aponta ainda uma “desestruturação da atenção básica”, o que significa que a mesma tenha sido distribuída de forma desorganizada. “Além disso, começou a sofrer problemas de duas naturezas: de infraestrutura, muitos postos estão adaptados, em casas alugadas; e de falta de recursos humanos. Dos cerca de 111 postos, 70% têm problemas de infraestrutura ou falta de recursos humanos, ou as duas coisas juntas. Para se ter uma ideia, alguns desses postos pertenciam ao Estado e foram passados para a prefeitura há cerca de 14 anos e nunca sofreram uma reforma sequer”, conta.
Outro problema no que diz respeito a Saúde de Salvador é o orçamento da secretária. Segundo José Antônio, más notícias virão.

“Nosso orçamento pouco evoluiu em relação ao ano de 2012, em contraposição à evolução de salários, suprimentos... As atividades da área de saúde são artesanais. Um médico não trabalha sem enfermeiro, sem a técnica, que não trabalha sem um agente, no caso dos postos de saúde. Nas unidades de maior complexidade, nos pronto-atendimentos, vamos viver essa mesma realidade. Quanto aos recursos federais no Fundo Municipal de Saúde, para as atividades de saúde, continuam administrados pelo seu coordenador, aqui dentro da secretaria. Esses recursos têm uma determinada natureza de gasto e isso será respeitado”, assegura o secretário, que diz o valor do orçamento. “Nosso orçamento é de R$ 902 milhões, sendo algo em torno de R$ 500 milhões de recursos federais.”, afirma.

Modelo de gestão

Quando secretário da Saúde do Estado, José Antônio Rodrigues estabeleceu parcerias com cooperativas médicas e outros entes privados. Agora, como atual secretário da saúde do Município esse modelo de privatização é considerado ultrapassado por ele.
“Acho que a terminologia privatização está démodé. Essas políticas (pública e privada) não são incompatíveis umas com as outras. O cidadão quer ser atendido, não está olhando para o crachá do indivíduo, se ele é contratado de uma organização social ou não.
Quando eu estava no governo estadual, nós fizemos uma reforma na Lei de Organizações Sociais e conseguimos trabalhar de forma muito positiva, com contratos de metas. Era nossa ideia expandir esses serviços, inclusive para contratação profissional, trabalhamos principalmente com entes filantrópicos tradicionais. O Hospital de Barreiras na época era administrada pela Santa Casa, continua até hoje. Tivemos experiência com Instituto Sócrates Guanaes, que depois evoluiu para a Fapex, porque a unidade foi federalizada. Mas acho que utilizar expertise das organizações sociais (ONGs), principalmente as mais tradicionais, não tenho dúvidas que é uma grande solução para a gente prestar uma assistência de qualidade e resolver os problemas burocráticos que emperram a administração. Agora, reconheço que muitas atividades são relativas ao serviço público, caso da regulação, controle, avaliação, vigilância sanitária, vigilância epidemiológica, que têm que ser feitas por servidor público. Acabamos de fazer um concurso público com 3,5 mil vagas e estamos dando posse a 750, que já foram chamados. Então não considero as duas coisas incompatíveis. Só para dar exemplo, temos um relacionamento muito bom com a Ufba em treinamento de pessoal voltado para a atenção básica nos Centros de Atenção Psicossocial (Caps) e nas unidades básica de saúde, em especial no subúrbio ferroviário. A ordem do prefeito, inclusive, é começarmos a fazer o trabalho de reestruturação da rede de atenção básica a partir do subúrbio.

*As informações são do jornal A Tarde

Nota oriignalmente postada às 8h14 do dia 21

Classificação Indicativa: Livre

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