Derrota com gosto de vitória: “henriquistas” comemoram conquista de 25 votos
Faltaram apenas quatro votos para contas de João Henrique serem aprovadas pela Câmara |
Publicado em 18/04/2013, às 09h49 Marivaldo Filho (Twitter: @marivaldofilho)
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O resultado da votação surpreendeu a todos. Depois da derrota na apreciação das contas do ex-prefeito João Henrique, referentes ao exercício financeiro de 2009, era esperado que o ex-gestor da cidade tivesse, no máximo, 15 votos nas contas de 2010. Mesmo com o parecer recomendando a rejeição do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) e da Comissão de Finanças da Casa nada mais nada menos do que 25 vereadores votaram pela aprovação das contas. De acordo com o Regimento Interno da Casa, eram necessários 29 votos para aprovar as contas. Ou seja: com todas as críticas e mesmo não estando mais com o cargo, João Henrique ficou a apenas quatro votos da aprovação das contas.
Para o vice-líder da bancada da situação na gestão de João Henrique, o vereador Geraldo Júnior (PTN), a quantidade de votos favoráveis à aprovação das contas demonstra que não houve dolo do ex-prefeito nas possíveis irregularidades.
“Fica claro que não houve má fé ou dolo. O parecer do Tribunal de Contas dos Municípios não merecia ser mantido pela Câmara. Não houve, de forma alguma, improbidade administrativa do ex-prefeito. Se alguém tem que ser punido, não é João Henrique Carneiro”, defendeu Geraldo Júnior.
Na mesma linha, o vereador Kiki Bispo (PTN) considerou uma vitória a conquista de 25 votos. “Faltaram apenas quatro votos. Isso demonstra que a o sentimento da maioria da Casa é de que realmente não houve dolo e o parecer do TCM não deveria ser seguido”, opinou.
Interferência de Neto
A expressiva quantidade de “henriquistas” disfarçados na nova legislatura irritou integrantes da bancada da oposição, que esperavam ganhar com mais a votação das contas de 2010. De acordo com oposicionistas, houve interferência direta do prefeito ACM Neto para a conquista de 25 votos favoráveis às contas do ex-prefeito.
O líder da bancada do prefeito, o vereador Joceval Rodrigues (PPS), não só negou que Neto tenha “advogado em defesa” de João como garantiu que seguiu a determinação do PPS de rejeitar as contas.
“O prefeito ACM Neto não orientou a bancada para votar com João Henrique. Vamos parar de falar politicagem. Precisamos nos respeitar para sermos respeitados. O PPS orientou a votação contrária às contas do ex-prefeito e assim fiz. Quero que respeitem o meu partido”, afirmou Joceval Rodrigues.
Já para o líder da bancada da oposição, o vereador Gilmar Santiago (PT) houve interferência de Neto na garimpagem dos 25 votos. Contudo, o petista fez questão de comemorar a vitória histórica. “A oposição sai mais uma vez vitoriosa do plenário da Câmara Municipal de Salvador”, festejou.
Na opinião da vereadora Aladilce Souza (PcdoB), com o resultado, parte da confiança da população depositada nesta legislatura foi abalada. “A cidade pede uma mudança de atitude desta Casa. Mas continuaremos lutando”, garantiu a comunista.
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resultado da votação surpreendeu a todos. Depois da derrota na apreciação das contas do ex-prefeito João Henrique, referentes ao exercício financeiro de 2009, era esperado que o ex-gestor da cidade tivesse, no máximo, 15 votos nas contas de 2010. Mesmo com o parecer recomendando a rejeição do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) e da Comissão de Finanças da Casa nada mais nada menos do que 25 vereadores votaram pela aprovação das contas. De acordo com o Regimento Interno da Casa, eram necessários 29 votos para aprovar as contas. Ou seja: com todas as críticas e mesmo não estando mais com o cargo, João Henrique ficou a apenas quatro votos da aprovação das contas.
