Política

Bastidores movimentam sucessão interna do PT

Imagem Bastidores movimentam sucessão interna do PT
Partido promove debate para controle da legenda no estado  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 18/05/2013, às 11h29   Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)


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Enquanto a imprensa discute a sucessão do governador Jaques Wagner, internamente o PT promove os debates para o controle da legenda na Bahia, uma importante peça no tabuleiro de xadrez das eleições 2014.
Por enquanto, apenas o secretário estadual de Organização, Everaldo Anunciação, tem o nome posto na disputa, porém a dificuldade em encontrar consenso em torno do nome dele, especialmente por sua ligação próxima com o deputado federal Josias Gomes, tem sido a grande barreira para a consolidação de uma candidatura sólida para substituir o atual presidente, Jonas Paulo. Esse é o entendimento de setores do PT, que ainda buscam outras alternativas, além da candidatura de Anunciação.
Nos bastidores, o nome do suplente de deputado federal Emiliano José começa a angariar apoios. Fontes próximas ao parlamentar sugerem que reuniões com diversas áreas petistas apontam que a viabilidade da candidatura dele pode ser maior que a do atual secretário de Organização.
Emiliano, no entanto, não se coloca oficialmente como candidato, apesar das movimentações importantes nesse sentido. Tanto ele quanto Everaldo Anunciação pertencem à corrente Construindo um Novo Brasil (CNB), mas há um ligeiro dissenso entre os dois grupos – na Bahia, a CNB, que no plano federal congrega nomes como do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, possui subdivisões políticas.
Desse mesmo grupo, o deputado federal Zezéu Ribeiro também pode se tornar uma opção viável, porém, quando questionado, o parlamentar declinaria da hipótese, relatam setores petistas. Ribeiro, entretanto, pode ser um dos nomes de consenso dentro da CNB.
Outro nome citado com frequência na batalha interna petista, que será finalizada apenas em novembro com o Processo de Eleições Diretas (PED), é o do também deputado federal Nelson Pelegrino. Ele, entretanto, caminha para aceitar presidir o PT baiano apenas como candidato de consenso, caso a disputa fique acirrada demais a ponto de comprometer a unidade do partido – Pelegrino possui trânsito livre por diversas correntes e poderia agregar apoios com facilidade.
O principal receio para que o nome dele não seja considerado presente na disputa é que, após a derrota nas eleições 2012 para prefeito de Salvador, uma eventual derrota fragilize ainda mais o nome do parlamentar, considerado um grande quadro do partido na Bahia.
Da Câmara Federal ainda aparece mais um nome, do deputado Luiz Alberto, ligado aos setores mais à esquerda do PT. Segundo fontes, entretanto, uma virtual candidatura dele a presidente do partido no estado seria apenas uma forma de demarcar território para o Coletivo 2 de Julho, tendência local e com influência reduzida no cenário interno petista. Em reservado, fontes sugerem que é possível que, próximo ao PED, Alberto decline em favor de outro candidato, visando obter consenso dentro da sigla.
Fora do âmbito dos parlamentares baianos no Congresso Nacional, o deputado estadual Marcelino Galo também teve seu nome lançado à presidência do partido na Bahia. Galo, que coordena as atividades da tendência conhecida como Movimento PT, foi presidente estadual da legenda e poderia voltar à função, porém, informações apontam que ele pode recuar ainda nos momentos iniciais para mobilizar suporte a um dos candidatos já postos, possivelmente ligado à CNB.
Apesar das combativas discussões internas, todas as fontes consultadas pela reportagem indicam que, havendo consenso ou não em torno de uma única candidatura, a unidade do partido é ponto-chave no processo de sucessão interna do PT. Nesse meio tempo, os pré-candidatos do PT, Rui Costa, José Sérgio Gabrielli, Walter Pinheiro e Luiz Caetano, também articulam para emplacar seus próprios companheiros – só não declaram abertamente quem são eles. 

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