Política

Conflito em Buerarema: Zé Neto culpa Judiciário pela disputa de terras

Imagem Conflito em Buerarema: Zé Neto culpa Judiciário pela disputa de terras
Petista garante que governador tem feito tudo o que é possível para amenizar a situação  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 11/09/2013, às 08h10   Luiz Fernando Lima (Twitter: @limaluizf)



O governador da Bahia Jaques Wagner (PT) agendou para a próxima quinta-feira (12) outra rodada de negociação na tentativa de resolver o conflito de Buerarema, localizada a 450 km de Salvador. O clima de tensão social provocado pela demarcação de terra indígena e consequente desapropriação de agricultores não parece ter fim.

Na condição de líder da bancada governista na Assembleia Legislativa, José Neto (PT), defendeu a atuação de Wagner enquanto mediador do conflito, vez que o problema só pode ser resolvido através do Judiciário. Ato contínuo, o petista disparou: a situação ali é culpa do Judiciário.

“Nós estamos fazendo o que podemos para amenizar. A situação ali é culpa do Judiciário. Tem que resolver aquilo. Mais complicado é quando pega um laudo que não é definitivo e faz deste uma pedra de toque transformando a situação”.

Para Zé Neto, o Supremo Tribunal Federal (STF) deve priorizar casos como este. “Nós precisamos que a Justiça dê a solução, como já aconteceu em outros estados, como já aconteceu em algumas partes da própria Bahia”.

No que se refere à participação do governo estadual na resolução do conflito, o petista argumenta que é preciso ter “muita sensibilidade social. Não se trata de um conflito entre índios e latifundiários ou grandes ricos. Tem que saber a linha que divide para que haja justiça feita com exatidão. Agora, o governo fica com as mãos atadas porque a matéria é federalizada”.

Questionado sobre os inevitáveis ‘traumas’ que serão provocados pela demarcação ou reintegração de posse, o líder governista afirma que não tem jeito. “Traumático vai ser de qualquer forma. Agora, mais traumático é não ter uma decisão da Justiça e a gente ficar recebendo as críticas, quando por mais que o governador tenha boa vontade e se coloque à disposição de resolver o problema, haverá limitações constitucionais, limitações técnicas porque não há demarcação definitiva”.

Postada às 19h10 do dia 10 de setembro

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