Política

Secretário Eugenio Spengler fica em cima do muro e desconversa sobre a Millenium

Imagem Secretário Eugenio Spengler fica em cima do muro e desconversa sobre a Millenium
Empresa de Camaçari é acusada de crimes ambientais  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 08/05/2014, às 06h26   Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)


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A Comissão de Meio Ambiente, Seca e Recursos Hídricos se reuniu na Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA) na manhã desta quarta (7) para discutir as acusações contra a antiga Millenium, que agora se chama Cristal. A indústria do ramo petroquímico é acusada de crimes ambientais como a liberação de resíduos químicos no mar em Camaçari. 
O secretário estadual do Meio-Ambiente, Eugênio Splenger, afirma que esse tipo de problema é resultado de falhas passadas. "O erro está na forma que se deu o desenvolvimento do país, mas não vou voltar a [Pedro Alvares] Cabral. Temos problemas sérios e históricos de uma empresa localizada em um paraíso, que jogou dejetos no mar e um condomínio no meio de tudo isso".

Ao ser questionado de quem seria a culpa, o secretário desconversou. "A culpa é de todo mundo em minha opinião. Também do Milagre Brasileiro nos anos 70 da forma que se deu". 
Já o deputado Bira Coroa (PT) foi mais enfático em sua análise. "Essa irresponsabilidade na instalação se deu em um período em que o governo não olhava para o estado. O ideal é deslocar a empresa do atual lugar para o centro do polo petroquímico. A empresa é importante, mas é preciso saber se cabe ela estar onde está".
"Algumas dessas tartarugas estavam encalhadas ou tinham marcas de rede de pesca, não se sabe se morreram por conta dos produtos químicos derivados da empresa", completa.

Deputados cobram
Targino Machado (DEM), que não faz parte da comissão, mas opinou sobre o assunto, pede uma postura mais enfática do secretário: "Eu sou daqueles que acredita que jabuti não sobe em árvore. Nota-se que sua excelência [secretario de meio-ambiente] tem estatura para o cargo que exerce. A vida dos nossos filhos, dos filhos dos nossos filhos e do planeta depende de você".
O deputado Zé Neto (PT) também cobrou do secretário e pediu maior abertura para o dialogo. "Essa casa não é só da bancada de governo. Quando eu olhava para Targino poderia parecer olhar de crítica, mas não foi. Há uma conquista grande nessa casa. Eu fui presidente da Comissão de Meio Ambiente, e eu nem cheguei a conversar com o secretário do Meio-Ambiente, porque ele não me atendia. Não tínhamos feedback de nada. Essa é a Conquista da democracia".

As informações são do repórter Lucas Franco.


Publicada no dia 7 de maio de 2014, às 12h24

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