Política

ACM Neto nega vazamento de ofício à imprensa

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“É uma ingerência descabida, inaceitável e anti-democrática”, critica o gestor soteropolitano  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 13/07/2014, às 07h14   Juliana Nobre (Twitter: @julianafrnobre)


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O vazamento do ofício encaminhado ao prefeito ACM Neto (DEM) referente à licitação do transporte público de Salvador vem gerando uma troca de acusações entre o gestor de Salvador e o governador Jaques Wagner (PT). Na manhã deste sábado (12), o demista afirmou que não deixou vazar o documento à imprensa. “Lamento que o governador tenha deixado vazar a carta que mandou para mim antes que eu pudesse respondê-la formalmente”, disse o gestor em entrevista na manhã deste sábado (12), durante a entrega de títulos de posse no Bairro da Paz. 

O secretário estadual de Desenvolvimento Urbano, Manuel Ribeiro, em entrevista ao Bocão News esta semana, negou que o chefe do Executivo baiano tivesse encaminhado o documento para a imprensa e sim apenas ao prefeito. Na quinta-feira (10), a assesoria do prefeito enviou nota à imprensa contra as justificativas de Wagner em pedir a suspensão do processo licitatório.

“Já foi respondida para ele [Jaques Wagner] com todos os argumentos técnicos mostrando que essa licitação está sendo trabalhada há mais de um ano. No momento que eu fechei o acordo com o governo do estado do metrô transferindo-o ao governo foi dito, claramente, que faríamos a licitação do sistema de transporte de Salvador, que é absolutamente necessária e imprecindível. É uma ingerência descabida, inaceitável e anti-democrática”, critica o gestor soteropolitano.

Neto ainda classificou como eleitoreira a intervenção do governo do estado e alfineta contra o ex-candidato à prefeitura, Nelson Pelegrino, que perdeu o segundo turno das eleições em 2012. “Infelizmente o candidtao do PT não foi eleito para Salvador. Se tivesse sido eles poderiam hoje conduzir a licitação do transporte”.



Por achar estranha a solicitação do estado para a suspensão da licitação, o prefeito diz que não quer politizar o processo, além de ser uma quebra de confiança. “Honestamente acho estranho que esse assunto tenha surgido em um momento que estamos em uma disputa eleitoral. Eu não quero politizar ou partidarizar esse processo até porque acho que há uma quebra de confiança, quando transferimos o metrô à eles fizemos na melhor intenção, com toda boa fé e não para receber agora essa tentativa de ingerência em algo que é do municipio”.

O gestor voltou a afirmar que não se trata de um projeto para a Região Metropolitana de Salvador, quando deve-se tratar com todos os municípios que compõem a RMS. “Espero que o governador reflita, tenha bom senso e entenda que isso é competência do município. Confesso que desde que acompanho a vida política, nunca vi uma tentativa de ingerência tão grande como se pretende fazer nesse caso”.


Publicada no dia 12 de julho de 2014, às 13h50

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