Política

Presidente da Ucrânia coloca Lula na parede: 'Precisamos do Brasil'

Divulgação/Ricardo Stuckert
Recentemente Lula disse que o Brasil quer contribuir com os esforços para um cessar-fogo imediato e uma paz duradoura na Ucrânia  |   Bnews - Divulgação Divulgação/Ricardo Stuckert
Daniela Pereira

por Daniela Pereira

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Publicado em 30/08/2023, às 10h27


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Após o presidente Lula (PT) dizer que o Brasil quer contribuir com os esforços para um cessar-fogo imediato e uma paz duradoura na Ucrânia, o presidente Volodymyr Zelensky encostou o petista na parede e pediu um posicionamento concreto.

Durante discurso na cúpula dos Brics, em Joanesbuergo, na África do Sul,  Lula afirmou que o Brasil tem uma posição histórica de defesa da soberania e integridade territorial das nações e considerou positivo o fato de que há um número crescente de países engajado na tentativa de atingir um acordo para encerrar a guerra que se arrasta há um ano e meio.

“Não subestimamos as dificuldades para alcançar a paz, tampouco podemos ficar indiferentes às mortes e à destruição que aumentam a cada dia. O Brasil não contempla fórmulas unilaterais para paz. Estamos prontos para nos juntar a um esforço que possa, efetivamente, contribuir para um pronto cessar-fogo e uma paz justa e duradoura”, pontuou.

De acordo com informações do Uol, Zelensky criticou mais uma vez a posição de Lula sobre a invasão russa, mas disse que gostaria de ter o Brasil "integralmente" ao lado de Kiev.

"Precisamos antes de tudo do Brasil, um país com influência no território da América Latina. E quero muito que o Brasil esteja integralmente ao nosso lado", declarou Zelensky em entrevista à emissora estatal portuguesa RTP, após ser questionado sobre o posicionamento de países lusófonos.

No entanto, segundo o presidente, o governo brasileiro tem apresentado "contradições". "O presidente Lula deve perceber claramente que a guerra é na Ucrânia, não é na Rússia, nem no Brasil, nem na África, nem nos Estados Unidos. As vítimas são os ucranianos, não são os brasileiros, nem os outros europeus, nem os americanos. Para dizer algo, é necessário perceber quem é a vítima e quem é o agressor", acrescentou.

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