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Presidente do Coren-Ba é investigada pelo Conselho Federal de Enfermagem; saiba motivo

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A presidente do Coren-Ba, Giszele Paixão, e a tesoureira Katia Nascimento Gama são alvo da investigação do Conselho Federal  |   Bnews - Divulgação Divulgação
Davi Lemos

por Davi Lemos

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Publicado em 27/11/2023, às 18h22 - Atualizado às 19h15


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O Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) decidiu aceitar uma série de denúncias contra a presidente do Coren-Ba, Giszele Paixão, e instarou, conforme publicação no Diário Oficial da União (DOU) na sexta-feira (24), processo administrativo disciplinar. No parecer, o Cofen também indica investigação contra a tesoureira Katia Nascimento Gama. Em contato com o BNEWS, o Coren-Ba informou que "vai colaborar integralmente para que os fatos sejam elucidados".

O Conselho Regional de Enfermagem da Bahia (Coren-Ba) destacou ainda "comprometimento em colaborar ativamente para que a verdade seja plenamente esclarecida, resguardando os princípios éticos e normativos que regem a atuação da enfermagem". Confira abaixo a íntegra da nota. 

O documento divulgado pelo Cofen no DOU indica a prática de “diversos atos ilícitos” pelas conselheiras sobre questões delicadas no âmbito da gestão e ética profissionais. Gizlene Paixão perdeu a disputa pela reeleição do Coren-BA, mas há também denúncias aceitas pelo Conselho Federal pelo uso da "máquina" na Bahia em favor da chapa da atual presidente do Coren-BA.

O parecer do Cofen pontua a "nomeação da tia do gerente administrativo como presidente da comissão eleitoral e uso da máquina administrativa para autopromoção e realização de campanha antecipada, mediante utilização das redes sociais oficiais do COREN-BA e distribuição de brindes nos eventos ‘Capacita Coren’ realizados pela autarquia". Ainda é mencionada outra denúncia quanto "à utilização do superávit sem abertura do crédito especial homologado pelo COFEN, para realização da semana da enfermagem 2023, compra de computadores e pagamento de salários (despesas com pessoal)".

“A admissibilidade da denúncia [...] se fundamenta na existência de substanciais indícios de materialidade de prática de atos irregulares ensejadores de justa causa à admissão das denúncias, conforme aponta o Relatório da Comissão de Verificação de Procedência de Informações da Corregedoria Geral do Cofen e o Parecer de Conselheira nº 127/2023/COFEN/PLENÁRIO”, diz trecho da decisão pela instauração de investigação assinada pelas conselheiras Betânia Maria Pereira dos Santos e Silvia Maria Neri Piedade.

Em nota enviada ao BNEWS, o Coren-BA se manifestou. Confira a íntegra:

"Sobre a instauração de Processo Administrativo Disciplinar pelo Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), o Conselho Regional de Enfermagem da Bahia (Coren-BA) informa que vai colaborar integralmente para que os fatos sejam elucidados. A gestão do Coren-BA informa que respeita a decisão do Cofen em questão e que confia que o processo de apuração será conduzido de maneira justa e imparcial. Fundamentado no respeito ao devido processo legal e na convicção de que a apuração será conduzida com rigor técnico e imparcialidade, o Coren-BA confia que os resultados finais corroborarão a integridade e a idoneidade das conselheiras em questão. O Conselho reitera seu comprometimento em colaborar ativamente para que a verdade seja plenamente esclarecida, resguardando os princípios éticos e normativos que regem a atuação da enfermagem. O Coren-BA está comprometido em agir com integridade e transparência durante todo o processo".

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