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PRF entrega ao STF responsáveis por organizar bloqueios bolsonaristas nas estradas; confira detalhes

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Informações sobre responsáveis por bloqueios bolsonaristas constam em ofício encaminhado pela PRF ao STF  |   Bnews - Divulgação Divulgação/PRF

Publicado em 10/11/2022, às 20h52 - Atualizado às 21h03   Cadastrado por IA



A Polícia Rodoviária Federal (PRF) entregou, nesta quinta-feira (10), um ofício ao Supremo Tribunal Federal (STF) no qual aponta os responsáveis por organizar os bloqueios bolsonaristas em diversas estradas pelo país, após a derrota de Jair Bolsonaro (PL) para o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O documento faz parte de uma investigação no STF para apurar se houve irregularidade na atuação da PRF para desfazer os bloqueios bolsonaristas e ao promover blitz durante o domingo do 2º turno, mesmo proibida pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

No conteúdo, assinado pelo diretor-geral da corporação, Silvinei Vasques, o órgão informa que foram identificadas e multadas 40 pessoas físicas e 10 empresas, com o mapeamento, segundo o G1, partindo do último dia 30 de outubro - data do 2º turno das eleições - até a última segunda-feira (6).

No ofício, a PRF detalha quem são os proprietários dos veículos identificados. Além disso, ela apontou que foram aplicadas 55 multas que infringem o artigo 253-A do Código de Trânsito Brasileiro (CTB) – trecho da lei que trata sobre protestos que bloqueiem o trânsito e o direito de ir e vir das pessoas.

O valor de cada multa é de R$ 17.608,20 para esse tipo de infração de trânsito, considerado gravíssimo – e que gera ao motorista a suspensão do direito de dirigir por 12 meses. Em caso de reincidência, a multa tem valor dobrado, de acordo com o texto da lei.

Somadas, as punições contra organizadores de bloqueios bolsonaristas, de 30 de outubro até 6 de novembro, totalizam R$ 968.451,00. Os organizadores dos bloqueios foram multados pelo uso de 31 caminhonetes, oito automóveis, sete caminhões, cinco caminhões-trator, três ônibus e um semi-reboque na interdição de estradas.

Além de multa para quem organizou os bloqueios, a PRF também puniu 2.423 motoristas que usaram veículos para "interromper, restringir ou perturbar a circulação de veículos". O valor chega a R$ 14,2 milhões.

Santa Catarina é o estado com maior quantidade de multas para organizadores, com 14 punições. São Paulo, com 9, e Goiás, com 7, aparecem logo em seguida. A Bahia aparece com cinco, tendo sido autuadas duas empresas e três pessoas físicas.

São elas, segundo a lista entregue pela PRF ao STF: Bandeirantes SA Arrendamento Mercantil (região do BR-101, em Camacã, com um caminhão), Bocão Transcom e Representações LTDA (região da BR-020, em Correntina, com uma caminhonete), Jane Santos de Assis (dona de um veículo autuado na região da BR-101, em Ubaitaba), José Antônio Motta da Silva (dono de uma caminhonete autuada na região da BR-101, em Ubaitaba) e Neuza da Silva Santos Gomes (dona de um caminhão autuado na região da BR-101, em Ubaitaba).

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