Procuradora afirma que o poder do país não está nas mãos de Bolsonaro

A procuradora do Ministério Público de Contas de São Paulo, Élida Graziane Pinto, afirmou em entrevista ao Estadão que a oposição não sabe fazer o jogo atual e  que o presidente Jair Bolsonaro (PL) virou 'uma espécie de rainha da Inglaterra'. "Esse modelo em que o Arthur Lira (presidente da Câmara) já é de fato o primeiro-ministro do Orçamento. Ele e o Rodrigo Pacheco (presidente do Senado) fizeram um consórcio de divisão do Poder", disse.

Segundo a jurista, a 'PEC Kamikaze', que amplia e cria benefícios sociais a poucos meses das eleições, influencia diretamente nessa situação. 'É tapetão', diz. Para Graziane, o caos é uma opção deliberada. 'Deixam tudo na iminência dos próprios prazos, depois de fazer uma chantagem terrível com alimentação dos famintos.'⁣

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'O Congresso está fortalecido. O Lira tem mais poder do que Bolsonaro. É nele que temos de começar a focar', complementa.

Há um tempo, a procuradora já levantou outra grande polêmica, afirmando que o atual presidente   traria tempos de 'feudalismo fiscal' na divisão e na destinação dos recursos do orçamento.