Política

Professores do Colégio Sagrado acusam vereador de não pagar rescisões; político se defende

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Vereador afirmou que cuidou da gestão do colégio até 2021  |   Bnews - Divulgação Divulgação
Luana Neiva

por Luana Neiva

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Publicado em 21/02/2024, às 15h48 - Atualizado às 15h50


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O fechamento do Colégio Sagrado pegou todos de surpresa. A professora Jane Medina, que deu aulas por mais de 20 anos na instituição, procurou o BNews para denunciar o vereador Arnando Lessa (PT), que foi dono da escola até 2021, por falta de pagamentos das rescisões dos funcionários. O edil nega as acusações.

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"Sempre foi um caos com relação a pagamentos de INSS, FGTS descontavam as coisas e não pagavam. Uma vez eu fui no INSS, que estava tudo irregular, e está, né? Continua até hoje. Ao sindicato nós fomos para saber o que a gente podia fazer e eles nunca repassaram nada para o sindicato, eles descontavam da gente e não repassavam nada. Quando foi em 2022, eles fizeram uma conta com a gente para dar parte da carteira e ele dividia em 10 parcelas para todo mundo a rescisão. Ele só pagou a primeira parcela pra todo mundo. Nunca pagou mais nada", declarou a professora.

A professora ainda ressaltou que a sua rescisão teria sido assinada por um office boy e que colocou o caso na justiça, mas que o vereador nunca compareceu a nenhuma audiência.

"Uma [ação] já foi para revelia [consiste na condição do réu que, citado, não comparece para o oferecimento da defesa], de um colega nosso e o oficial de justiça não consegue entrar em contato para ele comparecer", ressalta.

A professora também comentou que após a falta de pagamento, decidiu pedir demissão da escola e que também não recebeu até hoje a rescisão. "Ou seja, são duas rescisões sem pagar. Ele foge da gente, não entra em contato com a gente e agora é o advogado que tá indo pras audiências. E ele não faz acordo nenhum".

Procurado pelo BNews, o vereador Arnando Lessa afirmou que não é mais o gestor do Colégio Sagrado desde 2021. Pelo que tenho conhecimento os que assumiram a Gestão devolveram o "Colégio ao Instituto, entidade mantenedora, e está negociando e pagando os acordos".

"Como sou político, alguns professores acham que tenho responsabilidade sobre eles porque foram, alguns, contratados quando eu era sócio e fazem a pressão indevida sobre o meu nome. Tenho adotado todas as medidas legais sobre essas cobranças", disparou o vereador.

Já Raimundo Fagundes Barros, que assumiu a gestão da escola após o vereador até começo deste ano, ressaltou para a reportagem que está realizando o pagamento das rescisões gradativamente.

"Quando assumi a empresa, ele me passou o ativo e me passou também o passivo. Só que a questão é que o ativo não dava para suprir as demandas judiciais que já vinham com a empresa. O pagamento está sendo realizado com as pessoas que entram em ação judicial", justificou.

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