Política

Rui Costa fala sobre problemas do governo: "Sempre vão responsabilizar a Casa Civil"

Ricardo Stuckert/PR
Ministro comentou sobre a demora de reinstalar a comissão de mortos e desaparecidos políticos  |   Bnews - Divulgação Ricardo Stuckert/PR

Publicado em 17/01/2024, às 15h38   Cadastrado por Bernardo Rego


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O governo federal estuda recriar a Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos. Diante desse cenário, o ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, afirmou que não tem nenhuma resistência à retomada dos trabalhos. Alvo de críticas de colegas da Esplanada, o ministro disse que a Casa Civil é sempre responsabilizada por problemas do governo, mesmo quando não tem culpa. As informações são da colunista Malu Gaspar, do jornal O Globo. 

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Questionado sobre o impasse, Rui disse que a Casa Civil não tem "nenhum óbice" à reinstalação da comissão. “Quando cheguei aqui (em Brasília), ano passado, me incomodava com esse tipo de observação e aí um assessor meu, que tem muitos anos em Brasília, disse ‘Não se incomode com isso, não, não tem nada de pessoal, é a função, o ministério’. Todos vão sempre responsabilizar a Casa Civil, mesmo que não seja responsabilidade…”


Os ministérios da Justiça e da Defesa já produziram pareceres dando aval ao retorno da comissão, medida capitaneada pela pasta de Direitos Humanos. O caso é motivo de insatisfação de integrantes da gestão federal, mas também tem sido interpretado nos bastidores como mais uma sinalização de que Lula não quer criar novos focos de tensão na convivência com as Forças Armadas.


Entre as atribuições da comissão, criada em 1995 no governo Fernando Henrique Cardoso e extinta em 2022, no fim da gestão bolsonarista, estão emitir pareceres sobre indenizações a familiares e mobilizar esforços para localizar os restos mortais das vítimas do regime militar.


Se for recriada, o principal objetivo da comissão será retomar a identificação de ossadas encontradas na Vala Clandestina de Perus, na Zona Oeste de São Paulo (SP), local usado pelos militares para esconder o corpo de opositores do regime.


A Comissão Nacional da Verdade apontou que houve 243 desaparecidos políticos, dos quais apenas 35 foram identificados.

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