Política

Saiba o que levou Alexandre de Moraes a desistir de voltar a treinar na academia do Exército

Fellipe Sampaio / STF
O ministro do STF frequentou o espaço até agosto de 2022  |   Bnews - Divulgação Fellipe Sampaio / STF
Daniel Serrano

por Daniel Serrano

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Publicado em 02/01/2024, às 10h12


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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, revelou o motivo que o levou a ter recusado o convite para retomar a realização de atividades físicas em uma academia do Exército.

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De acordo com o jornal Folha de São Paulo, Moraes disse que deixou de frequentar o espaço por não querer ser flagrado por um paparazzi.

Moraes passou a frequentar a academia do Comando Militar do Planalto por conta de um convite do general Fernando Azevedo e Silva, primeiro ministro da Defesa do governo Bolsonaro. Eles ficaram próximos durante as Olímpiadas de 2016, realizada no Rio de Janeiro. Durante os jogos, Moraes era ministro da Justiça do governo Temer e Azevedo um dos responsáveis pela segurança dos Jogos.

Ainda segundo a publicação, Moraes chegava diariamente ao local por volta das às 6h40 e se realizava suas atividades físicas com os militares. A rotina se manteve até agosto de 2022, quando o ministro do STF teria recebido um recado para que ele deixasse de frequentar o espaço. O comunicado ocorreu em um dos momentos mais delicados entre o Judiciário e o então presidente Jair Bolsonaro (PL). À época, o ex-chefe do Executivo Federal e aliados atacavam o sistema eleitoral brasileiro.

Moraes teria demonstrado estranhamento com o recado, pois as reformas costumam, segundo o ministro, acontecer em janeiro. “Obviamente não estava em reforma, eu é que estava sendo reformado da academia, foi uma forma educada de eu ter sido convidado a me retirar da academia", contou Moraes à Folha.

Ainda conforme a reportagem, aliados do ministro dizem que ele “tem certeza” que o seu afastamento da academia teria sido uma ordem do próprio Bolsonaro. Uma das pistas teria sido o fato de Moraes ter recebido o aviso da reforma na academia três dias após tomar posse como presidente Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

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