Política

Saiba qual o temor do PT para as eleições em São Paulo

Ricardo Stuckert
Uma ala do partido resiste à ideia de aderir a candidatura de um aliado histórico do partido  |   Bnews - Divulgação Ricardo Stuckert
Daniel Serrano

por Daniel Serrano

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Publicado em 24/07/2023, às 08h22


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Uma ala do PT de São Paulo vem resistindo à possibilidade de o partido apoiar a candidatura do deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) à Prefeitura da capital paulista em 2024. A legenda teme perder votos no eleitorado de esquerda e encolha na maior cidade do país. As informações são do portal Metrópoles. 

De acordo com a publicação, o apoio petista à candidatura de Boulos à prefeitura de São Paulo no ano que vem foi a condição para que o psolista desistisse da disputa pelo governo paulista, nas eleições de 2022, para que Fernando Haddad, atualmente no ministério da Fazenda, fosse o único da esquerda ao governo estadual.

Apesar de contar com o apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Boulos não conta com a “simpatia” de uma parte influente do PT paulistano, comandada pela família Tatto, cinco irmãos que ocupam cargos na Câmara Municipal, na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) e na Câmara dos Deputados.

O deputado federal e secretário nacional de Comunicação do PT, Jilmar Tatto, já manifestou publicamente o seu desejo de que o partido deveria lançar uma candidatura própria em 2024. O petista tem se aproximado do atual prefeito, Ricardo Nunes (MDB), algo considerado arriscado por petistas que declaram apoio a Boulos.

Os vereadores mais próximos à família Tatto causaram um racha no PT durante a votação do novo Plano Diretor da cidade, ocorrido no fim de junho. O desgaste foi causado pela proximidade com Nunes e o descontentamento com o apoio da direção nacional a Boulos.

Jilmar foi o candidato do PT para a disputa pela prefeitura da capital paulista em 2020, mas obteve apenas 8,6% dos votos, o que lhe garantiu o sexto lugar na disputa. Na ocasião, Boulos, candidato pelo PSOL, disputou o segundo turno contra o então prefeito Bruno Covas (PSDB), de quem Nunes era vice. Covas acabou vencendo a disputa por uma diferença de pouco mais de um milhão de votos. No entanto, ele morreu em maio de 2021 vítima de um câncer.

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