Salvador

Postos da Magalhães Neto, Bonocô e Amaralina ficam sem combustíveis

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Greve dos caminhoneiros já dura quatro dias  |   Bnews - Divulgação BNews

Publicado em 24/05/2018, às 13h00   Redação BNews


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Por conta da greve dos caminhoneiros em todo o país, o combustível já acabou em alguns postos de Salvador. Já não há mais combustível em alguns postos do bairro de Amaralina, Bonocô, AV. ACM e Magalhães Neto. Alguns donos de postos informaram à Record TV Itapoan que só terão combustível até esta sexta-feira (25). Por conta da falta de combustíveis, os combustíveis interromperam atendimento e fecharam o acesso às bombas.

A greve dos caminhoneiros contra o preço do diesel está afetando o abastecimento de combustíveis em várias regiões do país. No Rio de Janeiro, São Paulo e Recife os coletivos estão circulando com frota reduzida.

De acordo com o diretor de relações institucionais do Integra, Jorge Castro, os ônibus da capital baiana possuem reserva de combustível suficiente até pelo menos a próxima segunda-feira (28). "Tivemos dois dias de paralisação dos ônibus nessa semana. Consequentemente os coletivos não gastaram combustível. Temos uma reserva de que pode durar de três a quatro dias", explicou. 

Alimentos
Boxes fechados, prateleiras praticamente vazias, baixa movimentação de clientes, preços elevados. Esse é o cenário da tradicional Feira de São Joaquim, em Salvador, que sofre os reflexos do quarto dia de protestos dos caminhoneiros contra a alta do diesel.

De acordo com o feirante Denilson Alves, os únicos produtos que conseguem chegar ao local são os que vêm pelo mar. “Só chega aqui o que vem pelo sistema ferry boat. No que diz respeito à BR, estamos com muitas dificuldades, principalmente na parte de hortifruti, porque a maioria das frutas e verduras vêm da região de Petrolina, Juazeiro e dos estados do Ceará e Sergipe. Em quantidade eu só tenho laranja e jenipapo, isso porque são mercadorias que chegam pelo mar”, afirmou o comerciante, que já começou a sentir no bolso o prejuízo.  “A maioria desses produtos são perecíveis. Já temos várias cargas perdidas nos bloqueios. O que nós temos hoje não atende uma manhã de vendas”, completou. 

Interior
No interior da Bahia, a situação também é crítica. Nas cidades de Jequié, Poções e Planalto os postos de combustíveis estão sem estoque. Em Vitória da Conquista, somente dois postos ainda têm reserva. Um dos postos informou que os combustíveis estão reservados para viaturas e ambulâncias. As empresas de ônibus que operam na cidade informaram que reduziram a frota em alguns horários.

Em Ilhéus, o aeroporto pode suspender as atividades. O nível do combustível que abastece as aeronaves está abaixo e o setor de operações deve durar até esta quinta-feira, segundo a direção do aeroporto.

A cidade de Juazeiro também enfrenta os transtornos da paralisação. Caminhões que transportam oxigênio de uso hospitalar não estão chegando ao município. A maternidade, o hospital infantil e o pronto-socorro só têm estoque para mais dois dias. Por causa disso, de acordo com a direção da unidade de saúde, todas as cirurgias eletivas vão ser canceladas e serão atendidos na urgência apenas pacientes classificados como vermelho e amarelo.

Restaurantes também se queixaram. As redes Divino Fogão, Domino's, Habib's, Koni, Subway, Spoleto e The Fifties relataram problemas de abastecimento, segundo a Associação do setor (ANR).

A Confederação da Agricultura e Pecuária (CNA) diz se preocupar com o desabastecimento e o impacto no Produto Interno Bruto (PIB), segundo Renato Conchon, coordenador do núcleo econômico da entidade.

O protesto
Foram registradas manifestações de caminhoneiros em 24 estados, na terça-feira (22), com 384 pontos de rodovias bloqueados no início do dia que foram aumentando. Na segunda-feira (21), foram 188. Segundo a Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA), foram 160 no Sul, 105 no Sudeste, 51 no Nordeste, 56 no Centro-Oeste e 12, no Norte. Em três dias, as manifestações resultaram em uma morte, um atropelamento, brigas entre motoristas e veículos danificados.

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