O ex-prefeito de Salvador,
João Henrique, atribuiu ao ex-ministro da Integração Nacional,
Geddel Vieira Lima, a sua reeleição no pleito de 2008 para um segundo mandato. "Se não fosse Geddel, eu não seria eleito para o segundo mandato. Ele e
Lúcio [Vieira Lima] foram ponta firme para mim até o final", disse o ex-prefeito que afirmou ter sido ajudado com muitas obras em bairros como Imbuí, Centenário e canais no Subúrbio Ferroviário.
Ele também citou uma traição do PT, que teria afirmado, em um almoço que o apoiaria. "Logo que foi eleito
Jaques Wagner [governador], o pescoço do PT engrossou. Aí tiram
Nelson Pelegrino e escalaram
Walter Pinheiro [para enfrentá-lo nas eleições de 2008].
O ex-prefeito lembrou que estava em quinto lugar nas principais pesquisas quando estava no final de seu primeiro mandado, atrás de nomes como
Antônio Imbassahy, de
Raimundo Varela e de
ACM Neto. "Quando Geddel me deu apoio, eu estava em quinto lugar. Nas primeiras caminhadas pelas ruas, tinha até vaias. Aí eu disse: 'pois é, quatro anos de governo e ainda sendo traído pelo PT aos 45 minutos da prorrogação do segundo tempo'".
Sobre a traição, ele contou: "até um jantar foi feito em Interlagos, um almoço, aliás, na casa de Geddel. E nesse almoço foi batido o martelo: vamos apoiar a reeleição do João Henrique. Estavam só os cardeais do PT". João Henrique disse que, enquanto saía da Estrada do Coco e ia para Ondina, recebeu um telefonema no qual foi informado que o PT havia mudado de ideia e decidido ter candidatura própria.