Política

STF aponta para caixa 2 de Bolsonaro no Planalto; confira detalhes

Alan Santos/PR
O esquema teria usado dinheiro vivo proveniente de saques realizados a partir de cartões corporativos da Presidência  |   Bnews - Divulgação Alan Santos/PR

Publicado em 20/01/2023, às 16h50 - Atualizado às 17h10   Cadastrado por Daniel Serrano


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O presidente Jair Bolsonaro pode ficar ainda mais encrencados com o avanço das investigações que o Supremo Tribunal Federal (STF) move contra ele.

De acordo com o site Metrópoles, além da ligação com os atos golpistas do último dia 8, a Suprema Corte identificou que o antigo gabinete de Bolsonaro também conta com fortes indícios de caixa 2 dentro do Palácio do Planalto.

A pratica contaria com dinheiro vivo vindo de saques realizados a partir de cartões corporativos da Presidência e de quartéis das Forças Armadas.

Ainda segundo a publicação, a pratica contaria com a participação do tenente-coronel do Exército Mauro Cesar Barbosa Cid, conhecido como “coronel Cid”. O militar era o “braço direito” de Bolsonaro durante todo o seu mandato. Além de acompanhar o ex-presidente em tempo quase integral, o militar tomava conta do celular de Bolsonaro.

Os policiais que atuam no caso encontraram pagamentos de faturas de um cartão de crédito emitido em nome uma amiga da ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro, com dinheiro de um caixa informal gerenciado pelo “coronel Cid”.

O militar já era alvo de inquéritos comandados pelo ministro do STF, Alexandre de Moraes. Em 2022, o jornal Folha de São Paulo noticiou que foram encontradas mensagens no celular do oficial do Exército que levantavam uma suspeita de transações financeiras feitas por ele.

A movimentação foi descoberta após Moraes ter autorizado quebras de sigilo que permitiram a identificação das operações realizadas pela equipe do tenente-coronel, muitas com dinheiro em espécie e feitas na boca do caixa de uma agência bancária localizada nas dependências do Palácio do Planalto. O tenente-coronel era uma espécie de “centralizador” dos recursos obtidos com os cartões corporativos do governo e outros gastos de Bolsonaro.

A quebra de sigilo do coronel Cid mostrou o vínculo de Bolsonaro e outros radicais, que estavam promovendo os atos golpistas com o esquema.

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