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STF e PF apontam que Claudio Castro teria recebido propina; saiba mais

Tom Costa / MJSP
Segundo documentos, o governador teria recebido dinheiro ilegal quando era vice-governador e vereador  |   Bnews - Divulgação Tom Costa / MJSP
Davi Lemos

por Davi Lemos

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Publicado em 17/01/2024, às 20h20 - Atualizado às 20h38


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O Superior Tribunal de Justiça (STJ) aponta que o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), teria recebido propina na época em que era vereador e vice-governador. O STJ cita trocas de mensagens, descobertas pela Polícia Federal, entre Castro e empresários investigados por corrupção. Os pagamentos foram rastreados pela PF somam R$ 326 mil e US$ 20 mil. As informações são da GloboNews.

Segundo a emissora, o ministro do STJ Raul Araújo destacou que o governador recebeu em diferentes ocasiões: em dinheiro vivo em casa; no estacionamento de um shopping; na casa de um assessor; e na sede de uma empresa com contratos com o Estado. Até uma viagem a Disney, foi conforme descrito na decisão, oportunidade para que Castro sacasse propina nos Estados Unidos. O suborno foi depositado pelo empresário na conta bancária do atual governador no Brasil.

Segundo a emissora, que afirma ter acesso à decisão, houve participação do empresário Marcus Vinícius Azevedo da Silva, preso em julho de 2019. Nesta época, Castro já era vice-governador, acusado de participar de um esquema de corrupção na Fundação Leão XIII, órgão do governo responsável por projetos de assistência social. Segundo a PF, “a hipótese criminal é de que Cláudio Castro teria recebido vantagem indevida (...) em troca de sua atuação (...) execução fraudulenta de contratos públicos celebrados com o Estado.”

Em outro caso de 2017,o STJ indica que Marcus Vinicius era funcionário fantasma do gabinete do Castro na Câmara Municipal. O empresário chegou a comprar um carro para a mulher do então vereador, em 2016. Os valores foram "devolvidos" ao empresário através dos salários que o gabinete dele pagava ao empresário.

Em nota, o Governo do Rio de Janeiro disse que “a defesa do governador Cláudio Castro informou que não teve acesso ao conteúdo da decisão do STJ, e reitera que a delação de Marcos Vinícius, réu confesso, é criminosa e já é objeto de nulidade junto aos tribunais superiores, em razão de sua absoluta inconsistência.”

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