Política
Publicado em 29/04/2023, às 16h16 - Atualizado às 16h49 Cadastrado por Eduardo Dias
Um trio elétrico foi contratado por um major da Polícia Militar de Brasília para participar dos atos antidemocráticos do dia 8 de janeiro na capital federal, segundo depoimento do dono do veículo, Rubens Wermem Dornela de Freitas.
De acordo com o jornal O Globo, ele prestou depoimento à CPI dos Atos Antidemocráticos e disse que foi contratado sete vezes para prestação de serviço de sonorização móvel (trio elétrico) no acampamento bolsonarista em frente ao Quartel-General do Exército. Os manifestantes passaram a acampar no local após o resultado das eleições, que deram a vitória nas urnas ao presidente Lula (PT).
Na Câmara Legislativa do Distrito Federal, ele relatou ter sido pago pelo major da reserva da Polícia Militar, Cláudio Mendes Santos. O militar está preso pela Polícia Federal e é apontado como locutor oficial do evento.
O empresário também foi contratado por um dono de mercados em Brasília e empresários ligados ao agronegócio do Mato Grosso. O valor do contrato era de R$ 30 mil para permanecer no local por três dias.
Ele revelou na CPI que o major da PM o contratou por R$ 22 mil para ir até o acampamento em 13 e 15 de novembro, pagos em dinheiro e em transferências por PIX.
O militar é, segundo as investigações, suspeito de incitar atos antidemocráticos, administrar dinheiro usado para financiar as ações golpistas e ainda ensinar táticas de guerrilha a radicais bolsonaristas acampados em frente ao QG.
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