Política

TSE vai tentar evitar manobra de ministro indicado por Bolsonaro em ação contra ex-presidente; saiba como

Wilson Dias/Agência Brasil
Ação a ser julgada no TSE pode tornar ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) inelegível  |   Bnews - Divulgação Wilson Dias/Agência Brasil

Publicado em 11/06/2023, às 10h18   Cadastrado por Yuri Abreu


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O presidente Jair Bolsonaro (PL) pode ser tornar inelegível devido a uma ação, no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que a acusa a ele e o então candidato a vice, general Braga Netto (PL), de abuso de poder político e uso indevido da estrutura da Presidência (TV Brasil) para divulgar informações falsas sobre sistema eleitoral em evento no Palácio da Alvorada, diante de dezenas de embaixadores, em 18 de julho de 2022.

A ação foi movida pelo PDT e é a mais avançada contra as que existem contra o liberal na Corte federal. Nos bastidores do Tribunal, a expectativa é a de que o julgamento - previsto para o dia 22 de junho - tenha uma votação de 6 votos contrários ao ex-presidente e apenas um favorável a ele, justamente o do ministro Kássio Nunes Marques.

Porém, segundo a colunista Juliana Dal Piva, do UOL, ainda existe a expectativa de que o magistrado peça vista no processo e adie por alguns meses o julgamento - o Judiciário entra em recesso no mês que vem. Por isso, interlocutores dos ministros contam que na última semana se intensificaram conversas para evitar esse pedido de vista.

Uma das iniciativas para evitar essa medida de Nunes Marques pode ter partido do relator da ação no TSE, ministro Benedito Gonçalves. O magistrado já enviou aos colegas o voto que vai proferir no julgamento - o documento está em sigilo e tem cerca de 460 páginas.

Através de sua assessoria, o ministro Nunes Marques informou que nunca foi procurado por ninguém para tratar do pedido de vista.

No entanto, mesmo dentro do PL, o partido do ex-presidente, a derrota já é dada como certa. Nos últimos dias, aliados de Bolsonaro já não contavam mais com a possibilidade de Nunes Marques fazer o pedido de vista, por avaliarem que o movimento apenas adiaria algo inevitável.

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