Política

União Brasil fecha questão pela cassação de vereador acusado de racismo

Afonso Braga/Câmara Municipal de São Paulo
Em maio de 2022, Cristófaro foi flagrado em uma sessão dizendo "não lavaram a calçada, é coisa de preto"  |   Bnews - Divulgação Afonso Braga/Câmara Municipal de São Paulo
Daniel Serrano

por Daniel Serrano

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Publicado em 16/09/2023, às 15h06


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O diretório municipal do União Brasil de São Paulo decidiu, na última sexta-feira (15), fechar questão e pedir a cassação do vereador Camilo Cristófaro (Avante), acusado de racismo. Em maio de 2022, Cristófaro foi flagrado em uma sessão na Câmara dizendo "não lavaram a calçada, é coisa de preto". O caso do edil será votado no plenário da Câmara Municipal na próxima terça-feira (19).

O “fechar questão” significa que o partido determinou que uma decisão deve ser cumprida por todos os integrantes da sigla.

O União Brasil conta com sete vereadores , só ficando atrás do PT e PSDB, com oito cada. Para que o vereador tenha o mandato cassado, 37 dos 55 vereadores precisarão votar a favor da recomendação feita pela Corregedoria da Casa.

De acordo com a coluna Painel, do jornal Folha de São Paulo, o presidente do diretório municipal do União Brasil é Milton Leite. Ele também é presidente da Câmara, que tem se movimentando para que o vereador seja cassado.

Apesar de a maioria dos vereadores do União Brasil já terem adiantado que pretende votar a favor da cassação, o fechamento de questão aumenta a pressão sobre os que ainda não se manifestaram.

Apesar de contar com o seu mandato ameaçado, o vereador foi absolvido pela Justiça  na acusação de racismo. Em sua decisão, tomada em julho deste ano, o juiz Fábio Aguiar Munhoz diz que a declaração de Camilo Cristófaro foi retirada de contexto. O Ministério Público recorreu da decisão.

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