Política

Vice de Bolsonaro, Mourão comenta hipóteses de fraudes nas urnas eletrônicas; saiba o que ele disse

Marcelo Camargo/ Agência Brasil
Mourão afirmou que o voto de cabresto ainda é uma realidade no Brasil  |   Bnews - Divulgação Marcelo Camargo/ Agência Brasil

Publicado em 24/12/2022, às 17h45   Cadastrado por Edvaldo Sales


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O vice-presidente da República, Hamilton Mourão (Republicanos) - que já abriu o jogo sobre golpe militar -, comentou, em entrevista ao site Metrópoles, sobre as hipóteses de fraudes nas urnas eletrônicas no segundo turno das eleições presidenciais, que aconteceu no dia 30 de outubro e teve Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como vencedor ao derrotar o presidente Jair Bolsonaro (PL).

Não posso dizer que tenha havido fraude nas urnas, porque não apareceu nenhuma prova concreta sobre essa questão. O que eu julgo que aconteceu, como acontece ao longo da história do Brasil desde que nós instituímos o voto popular, é o voto de cabresto. O voto de cabresto ocorreu tremendamente no interior, em terra indígena, em áreas quilombolas, então, esse voto de cabresto houve”, disse Mourão.

Segundo o senador, “quando se verifica aquelas análises que foram apresentadas das urnas em determinados lugares, nas quais teve zero voto para Bolsonaro e vários votos para o Lula, é típica questão de voto de cabresto”.

“Para mim, aquilo não é alteração do processo da urna, mas é aquela história, juntou todos os eleitores, grupo pequeno de 200 ou 300 eleitores foi lá e votou, e isso, numa eleição apertada, como essa que ocorreu, ele [Lula] teve uma composição muito grande”, explicou.

Para o general, o “voto de cabresto” ainda é um problema latente na sociedade contemporânea e precisa de freio. “Temos que melhorar essa fiscalização, por ocasião das eleições. Partidos políticos têm que ser mais presentes nisso aí, mas não é um problema das urnas, na minha visão”, afirma.

O que é voto de cabresto

O voto de cabresto era aquele em que o eleitor escolhia um candidato por determinação de um chefe político ou cabo eleitoral. Muitas vezes, o cidadão nem sabia exatamente em quem votava. Por isso, era denominado “eleitor de cabresto”.

Ou seja, o “eleitor de cabresto” era aquela pessoa que votava não de acordo com a sua consciência ou preferência política, mas estritamente com base nas instruções e ordens dadas por um “cabo eleitoral” ou “chefe político” local.

Esses eleitores eram transportados para os chamados “currais eleitorais”, onde eram alimentados e festejados, e de onde somente saíam na hora de depositar o voto na seção eleitoral.

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