Política
O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT), acredita que as negociações entre articuladores do Palácio do Planalto, líderes do Governo no Congresso e o próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) garantam a aprovação da Reforma Tributária ainda este ano. “Temos as brigas naturais, o puxa daqui e o estica dali, também as emendas e os cargos. Bom, isso é a vida da gente”, disse o senador na manhã desta sexta-feira (17) em entrevista à Rádio NovaBrasil FM. Trechos da entrevista do senador baiano foram reproduzidas pelo site Gazeta do Povo.
O ex-governador baiano diz que o Brasil vive um “presidencialismo de composição” que é operado pelo ministro das relações institucionais, Alexandre Padilha, pelo deputado José Guimarães (PT-CE), líder na Câmara, pelo senador Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), líder no Congresso, e pelo próprio Wagner. “Temos também a retaguarda muito forte, que é o presidente Lula, com grande poder de convencimento”, apontou.
No rol de barganhas para a aprovação da reforma, o senador diz não enxergar interferência das escolhas de Lula para ocupar as vagas abertas de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e de procurador-geral da República (PGR) - as indicações presidenciais precisam ser confirmadas pelos senadores. “Isso não interfere no dia a dia das negociações normais, que envolvem agências, ministérios, bancos e outros pleitos que, se não são atendidos, podem gerar ruídos”, admitiu.
Após a entrevista à rádio, Wagner comentou no X (antigo Twitter): "Estou muito otimista com a possibilidade de aprovarmos a Reforma Tributária. Acredito que o Senado Federal cumpriu bem o seu papel, assim como a Câmara dos Deputados o fez na primeira fase do processo. Trabalhamos o mais rápido possível, sem açodamento, considerando que esta é uma matéria extremamente complexa".
Como houve alterações no Senado do texto anteriormente aprovado na Câmara, há necessidade de que a matéria retorne para que seja mais uma vez apreciada pelos deputados. "Agora esperamos que a Câmara faça a sua parte, eventualmente modificando algum ponto que considere necessário e, se for assim, o texto volta para o Senado para validarmos. Temos tempo e disposição para isso", escreveu Jaques Wagner.
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