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Repórter da CNN diz ter sido ameaçada por seguranças de Bolsonaro

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A jornalista relatou que a equipe foi impedida de seguir o comboio presidencial  |   Bnews - Divulgação Reprodução / Redes Sociais

Publicado em 03/05/2021, às 16h11   Redação BNews


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Carla Bridi, repórter da CNN Brasil, relatou neste domingo (2), em sua conta no Twitter, que vem recebendo ameaças por parte de seguranças do governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). As ocorrências, segundo ela, têm acontecido no Palácio do Planalto, em Brasília.

“Após o pronunciamento do presidente Jair Bolsonaro à imprensa – que falou de tratativas com a Rússia sobre a liberação de um brasileiro preso no país, mas sem uma palavra sobre vacinas – começou a hostilização contra a imprensa”, escreveu em sua rede social.

Ela prosseguiu o relato afirmando que os seguranças começaram a ameaçar a equipe. "Ao entrarmos no carro da emissora para tentar seguir o comboio presidencial, gritaria – segurança sem máscara começou a nos ameaçar, colocou a mão em cima da arma. Dois colegas de outros veículos foram ameaçados por outro segurança – esse, de fato, tirou a arma do cinto”.

A jornalista disse ainda que a equipe foi impedida de seguir o comboio do presidente e precisou voltar para a sala de imprensa. "No fim, nem dentro do carro podíamos ficar esperando o comboio sair. Tivemos que voltar para a sala de imprensa. Quando saio do carro, segurança disse que iria anotar os nomes de todo mundo e perguntou o meu. Falei que não iria passar nome nenhum". 

Além dos seguranças, Carla diz que ela e os colegas ainda foram hostilizados pelos seguidores do presidente. "Por fim, um dos apoiadores usou os piores palavrões para se dirigir à imprensa. E ele estava longe de nós. Quando passou por nós, nem olhou na cara. Estava acompanhado da filha, uma criança que aparentava ter 8 anos. Que tipo de educação vai passar para essa menina, só Deus sabe", comentou. 

Segundo ela, um dos guarda-costas ainda tentou negociar pedindo que a situação não fosse publicada e, em troca, não anotaria os nomes dos profissionais.

"Em resumo, hostilização por parte de seguranças e apoiadores do presidente, em pleno domingo de plantão. No fim, um outro segurança foi chamar atenção do apoiador que nos xingou. E pediu para que não fizéssemos matérias sobre a confusão. Em troca, não iria anotar nossos nomes”, finalizou.

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