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Eletricidade no Brasil depende da colaboração dos céus

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O país depende cada vez mais das condições climáticas para geração de energia   |   Bnews - Divulgação Divulgação

Publicado em 13/01/2013, às 16h28   Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)


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Mesmo com as novas usinas e linhas de transmissão construídas, o Brasil perdeu capacidade de armazenamento de água. Após o racionamento de energia ocorrido em 2001 a capacidade do parque gerador brasileiro, que vivia sob intensa paralisia, cresceu 56 %, e o sistema de transmissão, um dos principais responsáveis da diminuição do consumo ocorrido no mesmo ano, avançou 54%. Apesar, dos investimentos feitos e do incremento de novas fontes de energia na matriz elétrica, o sistema nacional está cada dia mais vulnerável e sujeito ao volume de chuvas. Com informações do site Estadão.

Em 2012, mesmo sem decepções relacionadas ao crescimento da economia e a seca que atingiu o Brasil não estando entre as piores da história, o nível dos reservatórios caiu mais rápido que o previsto.
O risco de um novo racionamento voltou a rondar os brasileiros, por conta das represas em baixa e chuvas ainda escassas. Apesar da afirmação por parte do governo federal de que vai garantir o abastecimento com a operação das térmicas - em 2001, essas usinas praticamente não existiam.

Um dos principais motivos da maior fragilidade do sistema nacional está nas restrições para construir hidrelétricas com reservatório. Por questões ambientais, as grandes usinas que estão sendo construídas Brasil afora são a fio d'água e não têm represa para guardar água, a exemplo das Hidrelétricas de Belo Monte, Jirau e Santo Antônio. Isso significa que o País está perdendo capacidade de poupança para suportar períodos com hidrologia desfavorável, como agora. O diretor da Coppe/UFRJ, Luiz Pinguelli Rosa, declarou que os brasileiros tem que contar com a natureza.

 Dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) mostram que em 2001 a capacidade dos reservatórios era suficiente para seis meses de carga de energia de todo o sistema interligado nacional. Em 2009, o volume tinha caído para cinco meses. E, em 2019, será suficiente para apenas três meses.

Portanto, o fato de o País escapar de um racionamento agora não elimina os riscos no próximo ano. Se não chover bastante até o fim do período úmido, os reservatórios vão terminar 2013 piores do que em 2012. Foi assim que ocorreu o racionamento de 2001. No fim de 1999, choveu pouco e os reservatórios caíram bastante. No início de 2000, as chuvas conseguiram recuperar o volume de armazenamento, mas não foi o suficiente para evitar o contingenciamento no ano seguinte, quando as chuvas minguaram novamente.

Foto: Divulgação


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