Coronavírus

ACM Neto reconhece importância de auxílio federal, mas crítica divergência de Bolsonaro com outros gestores: "poderíamos estar em uma situação melhor"

Dinaldo Silva/Bnews
Prefeito foi entrevistado pela CNN Brasil no início da tarde deste domingo (12)  |   Bnews - Divulgação Dinaldo Silva/Bnews

Publicado em 12/07/2020, às 12h37   Nilson Marinho


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O prefeito de Salvador ACM Neto (DEM), em entrevista à CNN Brasil, no início da tarde deste domingo (12), elogiou a medida adotada pelo governo Federal para amenizar os impactos econômicos e sociais causados pelo novo coronavírus. Ele se referia ao auxílio emergencial que repassa cinco parcelas de R$ 600 para trabalhadores sem carteira assinada, autônomos, microempreendedores individuais, desempregados, contribuintes individuais da Previdência, além de cinco parcelas para mulheres chefes de família, no valor de R$ 1.200.

Contudo, o prefeito aproveitou para também criticar a postura do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na condução da pandemia. Neto sempre foi crítico ao chefe do Palácio do Planalto por minimizar os efeitos do vírus que já matou milhares de brasileiros.

"A gente não pode desconsiderar o papel federal nesse processo todo, em relação ao enfrentamento de saúde, sabemos que temos discordâncias desde o começo disso tudo, entre governo, estados e municípios. Nós [prefeitos e governadores] defendemos as medidas de isolamento que foram essenciais para evitar que o Brasil vivesse um verdadeiro genocídio. A quantidade de mortes seria muito maior se medidas não fossem adotadas (...) Perceba que o auxílo que vem sendo pago é essencial, mas não posso deixar de pontuar uma crítica: na minha opinião, poderíamos estar em uma situação melhor", comentou Neto.

Bolsonaro

Neste domingo, o presidente Bolsonaro publicou em sua conta no Twitter um texto em que afirma que "o pânico foi disseminado fazendo as pessoas acreditarem que só tinham um grave problema para enfrentar". Sem citar nomes, o chefe do Estado acrescentou que "o efeito colateral do combate ao vírus não poderia ser pior que o próprio vírus".

"Milhões de empregos destruídos, dezenas de milhões de informais sem renda e um país na beira da recessão (...) A  realidade do futuro de cada família brasileira deve ser despolitizada da pandemia. Os números reais dessa guerra brevemente aparecerão (...)  Não será fácil, mas havemos de recomeçar", publicou.

Agridoce

Antes da publicação, Bolsonaro havia adotado um discurso mais "ameno" em relação ao pandemaia. Mas, o presidente, que testou positivo para Covid-19, continua reafirmando que municípios e estados têm total autonomia para conduzir ações contra o avanço da doença, numa manobra que, possivelmente, o isente de possíveis responsabilidades. 

"De um tempo pra cá, o presidente tem tido uma maior sensibilidade, com diálogo, inclusive reconhecendo o papel que gestores tiveram nesse processo. Na semana passado, o presidente fez uma postagem com esse reconhecimento, e eu acho muito positivo que ele ajude a construir um clima de tranquilidade e de pacificação. O que nós precisamos para o futuro do País e para superação dessa pandemia tão difícil é a união entre o Executivo, Judicíário e Legislativo", completou Neto. 

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