Cultura

Laurofreitense recebe título nacional de mestre do saber

Imagem Laurofreitense recebe título nacional de mestre do saber
Foram premiados 170 mestres de diversas regiões do Brasil  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 24/10/2013, às 17h18   Redação Bocão News (twitter: @bocaonews)


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Mobilizadora cultural há mais de 35 anos, organizadora do grupo cultural Azânia e do Terno de Reis em Portão, a laurofreitense Dona Aideê, acaba da ser reconhecida pelo Ministério da Cultura, através da Secretaria Nacional da Cidadania e da Diversidade Cultural, como Mestre do Saber da Cultura Popular.

O título foi concedido após apresentação do projeto "A Iráwó de Portão", pela Prefeitura Municipal de Lauro de Freitas (PMLF), através da Secretaria de Cultura e Turismo (Secult), no último mês de abril, dentro do Edital de Seleção Pública - Prêmio Culturas Populares. O projeto foi selecionado entre os 1.467 inscritos e obteve nota 93 num total de 100 pontos. Ao todo, foram premiados 170 mestres de diversas regiões do Brasil.

Sobre Dona Aideê - Nascida em 12 de dezembro de 1953, no bairro de Portão, e dedicada ao resgate das tradições e das culturas populares do município, a líder comunitária é também tiradeira de rezas, de cânticos em louvor a Santo Antônio e São Francisco. Atuou como educadora (foi professora de "meninos de rua" no Centro Social), agente cultural e uma das primeiras dançarinas em grupos afros, uma verdadeira Mestra do Saber, que segue a vida em prol da preservação e divulgação das tradições culturais do município de Lauro de Freitas.

Para a secretária de Cultura e Turismo, Márcia Tude, “Dona Aideê Nascimento é uma legítima representante do povo de Santo e uma verdadeira mestra do saber e do fazer. "Uma guerreira incansável na luta pela preservação da nossa cultura e das nossas manifestações religiosas de matrizes africanas. Uma filha de Omolu, uma mulher forte que nos sensibiliza e nos mostra a verdadeira dimensão do ‘olhar para o outro’, que nunca se acomodou com as dificuldades impostas ao longo da vida e sempre nos ensinou os caminhos para sermos mais felizes num mundo cada vez mais individualista", revela.

O professor e historiador Gildásio Freitas destaca que "Aideê faz parte de uma linhagem de mulheres negras de Portão, todas elas verdadeiras mestras da cultura popular, que vão passando os seus saberes e os seus fazeres ao longo dos tempos nesta antiga comunidade que deu origem ao bairro, a partir da Fazenda Portão. Seu nome merece constar de uma galeria de nomes célebres que fizeram parte desta história, de onde podemos citar também Dona Venú, Mãe Mirinha, Mãe Domingas, Dona Nicota (já falecidas) e Dona Dete e Dona Edelzuita, dentre tantas outras".


Foto: Divulgação / Decom - Lauro de Freitas


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