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Ex-sócio da Eldorado entra na disputa de acionistas

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Ele entrou na briga entre o holding da família Batista e a produtora de celulose Paper Excellence (PE)  |   Bnews - Divulgação Divulgação

Publicado em 12/12/2019, às 13h07   Redação BNews


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Oito anos após vender a sua participação, o ex-sócio da El Dorado Brasil, controlada pela J&F Investimentos, o empresário Mario Celso Lopes, entrou na disputa entre o holding da família Batista e a produtora de celulose Paper Excellence (PE). No momento de intensa disputa das duas acionistas, Lopes reivindica na Justiça uma fatia de 8,28% da companhia que ajudou a formar.

Em entrevista à Valor, o advogado do empresário, Lucas Mochi, afirmou que estão na luta para garantir o "direito do acionista". Com base em uma decisão liminar no Tribunal de Justiça do Mato Grosso do Sul (MS), ele já iniciou conversas com uma das empresas com a proposta de formar maioria nas decisões da El Dorado.

A controladora J&F é dona de 50,59% das ações da Eldorado, enquanto a PE detém 49,41%. Mario Celso foi acionista da produtora de celulose no período pré-operacional e recebeu R$ 300 milhões pela venda da fatia direta e indireta de 25% que detinha, via MJ Participações, para a J&F, conforme contrato assinado em 15 de maio de 2012. O pagamento foi feito em 25 parcelas, até 2014, e a J&F assumiu outros R$ 200 milhões em dívidas da empresa de Mario Celso, segundo informações do Valor.

Em setembro deste ano, porém, outra empresa do empresário, a MCL, que vendeu a MJ para a J&F, deu início à ação judicial contra a holding dos Batista alegando que Mario Celso foi diluído, sem anuência, em operações de aumento de capital e de incorporação da antiga Florestal Brasil pela Eldorado em 2011. Isso lhe garantiria os 8,28% agora pleiteados.

A fatia a que Lopes diz ter direito faria parte hoje da participação da J&F. Dessa forma, caso haja decisão favorável da Justiça, a PE teria hoje mais ações do que a holding dos Batista e a participação de Mario Celso seria decisiva na briga entre as sócias.

Na ação, que não teve o mérito julgado, Lopes pede a nulidade da operação que resultou na incorporação da Florestal, que também tinha como acionistas os fundos de pensão Funcef (Caixa) e Petros (Petrobras).

O processo de arbitragem que julga o litígio entre as sócias J&F e PE deve chegar a uma decisão em setembro de 2020.

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